Das pessoas que me incomodam, dos caminhos que não me acrescentam, das coisas que não me trazem algum tipo de saudade misturada com nostalgia.
Eu cheguei naquela fase de não tratar mais as minhas escolhas como definitivas. De não achar que as amizades que mantive e os relacionamentos que iniciei, precisam ser perpetuados – mesmo quando eles significam sufocos e ausências. Já faz um tempo em que amadureci a ideia de apenas agradecer e insistir naquelas relações públicas de afetos.
Hoje só o profundo e o honesto me interessa. Quero saber dos bons pensamentos, das gentilezas que a gente entrega sem medo, sem economia. Porque o mundo anda foda quando o assunto envolve empatia. Faço questão de ser bem-vindo somente onde sou querido. Prefiro preservar a minha paz com uns poucos encontros do que ter inúmeros motivos para perder o senso de quem sou por gente que não entende da própria jornada.
Dói bastante encarar esse processo de autoconhecimento, de seletividade emocional. Mas é importante pra mim evoluir e entender o meu papel nisso tudo. Não quero viver uma vida de experiências rasas, de emoções que tocam os pés mas nunca o corpo inteiro.
Eu mereço me libertar. Eu mereço me soltar de tudo aquilo que me trava o amor, que me faz imaginar que eu sou menos. Eu mereço não pedir desculpas por quem eu posso e quero me tornar.