Imagem de capa: MakanaCreative, Shutterstock
Vou te contar, não virei zen e nem aprendi técnicas de relaxamento para a alma, ainda que sejam importantes. Também não passei a não me importar com as pessoas e com assuntos gerais. Nada disso. Simplesmente, deixei de me maltratar para encontrar paz. Mudei o meu comportamento, a minha rotina e os meus sentimentos. Eu não sei você, mas hoje sou mais leve. Da minha vida, amo eu. Sinto muito.
De uns tempos pra cá, aprendi muito a meu respeito. Uma delas foi a ter autoconhecimento. Foi reconhecer que, certos caminhos, não posso controlar. Mas mesmo nos dias pesados e nas reações imprevisíveis que a vida traz, tive força para manter a calma. Para seguir em frente, para não permitir que os males cotidianos impedissem o meu crescimento. Porque, bem lá no fundo, é isso o que importa. Se tudo é passageiro, então por que encarar de cabeça baixa os momentos que não tenho como perpetuar? Prefiro dedicar o que tenho de melhor para evoluir e aproveitar instantes e pessoas dispostas de generosidade e afetos sinceros. Quando entendi isso, tudo se tornou mais leve, palpável.
Não me irrito mais com facilidade. Tampouco cruzo os braços e espero, quem quer que seja, vir e fazer dos meus sorrisos motivos para invejas. Afastei-me de corações pequenos e de discursos prepotentes e injuriados. Finalmente, com muita sinceridade, cada parte do meu ser agora respira tranquilidade e liberdade. Faço aquilo que gosto, me relaciono com quem admiro e escolho presenças positivas. E nada disso é sorte, muito pelo contrário, é resiliência.
Vou te confessar, não estou dispensando sentimentos e nem fechando portas para o novo. A diferença é que hoje sei contemplar somas e desviar de solidões. Continuo sendo quem eu era, mas não do mesmo jeito. Aprendi sobre silêncios, brevidades e leveza. Sou mais amor do que ontem e não paro por aí. Da minha vida, quero mais. Pouco não me serve, desculpa.
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