A minha vida inteira eu sempre fui intensa em tudo. Relacionamentos entre amigos, namorado. Ser intensa já me custou noites em claro, acordando de madrugada enquanto a cabeça não parava. Porém, ser intensa já me proporcionou o outro lado da moeda, momentos incríveis e com pessoas que naquele momento também eram incríveis.
Ser intensa é ir atrás do que quer, não importando as circunstâncias. Ser intensa é dar a cara pra bater não importando a dor. O problema é que quase ninguém está preparado para nós, os intensos. A gente quer pra ontem e embarcamos nos mais profundo dos sentimentos. Amamos com a alma, colorimos o cinza e trazemos um mar de agitação para a vida das pessoas.
Se a gente quer, a gente tenta. Vamos atrás, escrevemos textões românticos feito para a pessoa amada, falamos verdades em cima de verdades, demonstramos qualquer mínimo de sentimento. Não espera menos de uma pessoa intensa, porque não vai ter. Somos profundos.
Porém, a gente parece sofrer o dobro. É porque não amamos pela metade, amamos por inteiro. E quem hoje em dia ama assim, né? Só que ser intenso é também ter força pra levantar de uma queda e viver tudo de novo. Incrível a força que nos rege. Temos esperança no amor e acreditamos nele.
Sabemos que se não der certo hoje, amanhã vai dar.
A gente se doa, sofremos, levantamos e vivemos de novo.
Ser intensa é problema? Depende. Eu prefiro viver com a certeza que tenho capacidade de amar, do que viver sendo apática aos sentimentos mais lindos e profundos.
Então se é problema, eu tenho dos mais sérios.
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Artigo publicado originalmente na página parceira A Soma de Todos os Afetos.