O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON fez um informe nesta terça-feira sobre uma multa que será dada à unidade da rede de supermercados Extra que entregava carnes somente depois do pagamento dos clientes.
De acordo com o diretor do órgão, Fernando Capez, a prática é discriminativa e vexatória. A multa pode chegar a R$ 10,9 milhões.
O caso foi denunciado por uma cliente do local, que a partir de uma publicação nas redes sociais contou o que ocorria na unidade no bairro Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo.
Seu nome é Fabiana Ivo, e segundo ela, o mercado estaria vendendo as bandejas vazias, disponibilizando o produto somente após o pagamento. “Isso é uma afronta a toda a população das quebradas, duvido que o mesmo acontece no Extra do Morumbi”, concluiu.
Se for comprovado que o procedimento foi adotado somente por unidades em bairros específicos, a multa será aplicada a partir do faturamento global da rede. Caso tenha sido uma determinação local do gerente, a multa terá como base o faturamento da loja. De acordo com o G1, a venda da bandeja vazia também ocorreu na unidade de Cambuci, na região central.
“É inaceitável critérios de discriminação em razão do local ou por qualquer outro critério. Se em outros estabelecimentos, em outros bairros, não existe esse tipo de exigência, não se justifica que a população do Jardim Ângela seja submetida a um vexame. Porque se não existe um aviso prévio ostensivo, uma informação de que há um critério objetivo e igual para todos, de que primeiro se pague para que depois se pegue o produto, isso passa a ser uma discriminação, uma surpresa para o consumidor e um método vexatório e discriminatório para cobrança.”, disse Fernando Capez.
Em nota, o Extra declarou que a prática “não faz parte de sua política de atendimento” e que “se trata de uma falha de procedimento”. Por fim, ressaltou que a rede “tomou providências para que a prática fosse imediatamente descontinuada”.
Com informações de Yahoo
