“As Cores do Mal: Vermelho” (Kolory zla. Czerwien) é um thriller psicológico polonês que estreou recentemente na Netflix, dirigido por Adrian Panek. O filme acompanha o promotor Leopold Biski (Jakub Gierszal) e Helena Bogucka (Maja Ostaszewska) na investigação da morte da filha de Helena, cujo corpo foi encontrado em uma praia. Esse caso se conecta a um assassinato semelhante ocorrido 15 anos atrás, ambos ligados a um clube à beira-mar.
A narrativa é habilmente construída, com um roteiro bem escrito e uma direção ágil que mantém o público envolvido do início ao fim. Panek demonstra uma habilidade notável em criar um ambiente de tensão e suspense, repleto de reviravoltas que prendem a atenção até o clímax. Os personagens são profundamente desenvolvidos, com arcos que se entrelaçam de maneira a enriquecer a trama.
Maja Ostaszewska entrega uma performance excepcional como Helena, equilibrando a dor de uma mãe enlutada com uma determinação feroz de descobrir a verdade. Jakub Gierszal também se destaca como Biski, trazendo intensidade e credibilidade ao seu personagem. A fotografia é um ponto alto, utilizando paletas de cores para intensificar a atmosfera sombria, enquanto a trilha sonora complementa a narrativa sem ser intrusiva.
Embora algumas cenas pudessem ser cortadas para manter um ritmo mais dinâmico, “As Cores do Mal: Vermelho” é um filme envolvente que cumpre sua promessa de manter o público intrigado e emocionalmente investido. Com uma direção competente, um roteiro sólido e atuações memoráveis, o filme explora as motivações do assassino e as lutas internas dos personagens, enriquecendo ainda mais a trama.
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