O épico bíblico “Virgem Maria”, lançado pela Netflix em 6 de dezembro de 2024, tem despertado tanto a admiração quanto a controvérsia nas redes sociais. A produção, dirigida por DJ Caruso, apresenta uma visão humanizada de Maria, mãe de Jesus, explorando os desafios que ela enfrentou, como a rejeição social após a concepção milagrosa e a fuga desesperada para proteger o recém-nascido da perseguição do rei Herodes. A trama, estrelada por Noa Cohen no papel principal e Anthony Hopkins como Herodes, tornou-se um sucesso global, entrando no TOP 10 da plataforma em mais de 50 países.
Entretanto, a escolha de Noa Cohen, atriz israelense e judia, para interpretar Maria gerou reações adversas. Nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), alguns grupos têm sugerido o boicote ao filme, baseando-se na argumentação de que Maria e Jesus seriam palestinos, enquanto Cohen e outros membros do elenco são israelenses. Historiadores, porém, apontam que Maria e Jesus eram judeus, e o uso do termo “palestino” como identidade política ou religiosa é uma interpretação moderna.
A polêmica escalou quando alguns internautas passaram a usar sugerir represálias contra o elenco. Comentários como “Metade do elenco é israelense, inclusive Cohen, que interpreta Maria. O filme parece horrível, é melhor evitar” destacam a polarização em torno da produção.
Apesar disso, “Virgem Maria” segue atraindo espectadores e gerando debates sobre representatividade, religião e política no cinema. Enquanto alguns elogiam a coragem da produção em abordar temas sensíveis, outros apontam que mudanças nas narrativas bíblicas podem incomodar espectadores mais conservadores. A controvérsia parece apenas aumentar a curiosidade em torno do filme, consolidando seu lugar como uma das estreias mais comentadas do fim do ano.