Por Lourival Antonio Cristofoletti
Tenho à disposição a possibilidade de escolher o tipo de Energia que quero desfrutar em cada momento da vida nos eventos em que resolvo me envolver. A qualidade dessa Energia Pessoal, como acontece na Curva de Gauss, oscila em um Quantun de “Menos, menos, menos” (Elevado estado de desajuste emocional e de tensão) a “Mais, mais, mais” (Paz na gestão das minhas emoções).
Minhas ações, das impulsivas às ponderadas, afetam sobremaneira a minha existência: cabe-me avaliar e decidir que tipo de Energia quero emanar e em qual ponto da Curva prefiro ficar, ciente de que têm impacto decisivo no meu ser: o estado de ânimo, a capacidade de realização das coisas, os relacionamentos, o próprio bem-estar e o nível de satisfação interior com a vida que tenho.
Se escolho controlar a impulsividade, distante de ansiedades e precipitações, conseguindo ter um olhar mais condescendente do oponente, poderei atenuar a raiva e a carga de tensão a que me submeterei, impedindo ou, pelo menos, controlando a intensidade da geração e manifestação de uma corrente desagregadora de sentimentos.
Ao sentir-me mais centrado posso, com isso, ter ascendência sobre as emoções e mobilizá-las em eventos mais favoráveis e talvez mais prazerosos. Evitarei discutir em clima de animosidade, deixando de mobilizar carga energética pesada, destrutiva, em que prevalecem a irritação, a bronca, o ódio – sentimentos naturais em processos de rotulação e julgamento do próximo.
As energias desestabilizantes tenderão a se aproximar da dissolução, permitindo que minha realidade ajeite-se de um modo mais ameno, suave, em mais favorável configuração, exibindo evidentes e estimulantes sinais de que estou aprendendo a falar de um novo lugar do meu ser.
Sem estar sendo subserviente, sem curvar-me ou dar-me por vencido, como quem “entrega os pontos”, estarei liberto do impulso de ativar a lista de mágoas, desfazendo-me dos links mobilizadores de desavenças, rótulos, juízos de valor precipitados, distorcidos.
Ficarei mais atento comigo e irei me respeitar mais, trilhando caminhos de moderação, de desprendimento, de certa condescendência, para não perder desnecessariamente Energia, evitando, assim, alimentar o impulso e a vontade de “tomar doses de veneno tendo a expectativa de que o meu desafeto passe mal”.
Será uma decorrência natural escapar da armadilha de tentar provar à força que tenho razão nas discussões – que é algo muito subjetivo e que costuma espreitar o terreno escorregadio do ego -, contentando-me em ser apenas um pouco mais bem resolvido com minha verdade interior.
Ao dar um basta às perguntas excessivas e desconfiadas, deixando de duvidar dos outros sem fundamento, de implicar com questões que não me dizem respeito e de ter a pretensão de construir soluções para problemas que estão fora do meu campo de intervenção, poupo-me de uma série de dissabores psicológicos, que trezem riscos de transtornos psíquicos, tendendo a transformar-se, também, para mim, em problemas físicos através das inevitáveis e consequentes somatizações.
A sabedoria popular ensina que, “quando mais se fuça, mais coisas que não devia, das que não lhe dizem respeito, se descobre”: assim, como eu resolvo manifestar o desejo de maior harmonização, desvio-me das rotas que atraem desagregadoras Energias.
Faço, assim, escolhas fundamentadas e mais harmoniosas no que diz respeito à diversidade, deixando os outros livres para as suas pessoais escolhas – reflexos de suas verdades interiores -, com base no princípio de que cada ser é o resultado das Energias que decide mobilizar.
Livro publicado: COMPORTAMENTO: INQUIETAÇÕES & PONDERAÇÕES
Livraria Logos (vendas pelo site)
E-mail de contato: : lourival.cristof@uol.com.br
No Facebook: Lourival Antonio Cristofoletti No Instagram: lourivalcristofoletti
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