“Mesmo sendo médico, me assustei quando Enrico, ao acordar, gritou que não conseguia andar. A gente colocava ele de pé, ele ficava sem conseguir firmar as pernas… Que susto! Estes últimos dias, ele vinha com febre e com virose de criança”, relatou o pai, Alexandre Carli (@dralexandrecarli), de Recife, Pernambuco, em um vídeo compartilhado em suas redes sociais. Nas imagens, ele é visto carregando o filho dentro do hospital. “Parece brincadeira, mas não é brincadeira. O assunto é serio”, alerta ele. “Fiquem de olho, se a criança tiver uma dor muscular, levem no médico”,
Na lagenda do post, Alexandre contou que, depois do susto, ainda em casa, fez exame de força nas pernas do filho. “Mandei ele sentar na cama e empurrar minha mão fazendo resistência, e testei a sensibilidade e reflexo nos pé — estava tudo ok. Aí, comecei a fazer hipóteses, e uma delas foi miosite”, conta. O pai contactou um colega, que é pediatra, e levou o menino para fazer exames de sangue. “A miosite inflama os músculos — neste caso específico, os músculos da panturrilha —, e a criança não consegue firmar a perna porque dói muito. Esta inflamação muscular é diagnosticada com um exame chamado CPK [creatinofosfoquinase — enzima do corpo humano, que está presente principalmente nos músculos], que mede a quebra muscular. A dele já saiu e está 10 vezes o normal”, escreveu.
“Este quadro pode acontecer em crianças após uma virose por influenza, enterovírus ou, principalmente, adenovírus”, disse. Ele completou explicando que a condição necessita de repouso, hidratação e medicação prescrita pelo médico, caso necessário. “De uma forma didática, é como se a criança tivesse corrido uma maratona e o músculo travasse. E se essa enzina chamada CPK subir demais, o risco é de causar alterações renais. Um dos tratamentos é fazer uma hidratação intensiva, para baixar o nível de CPK”, explicou. “A melhora se dá usualmente de 48 a 72 horas. Porém pode haver complicações. Por isso, é importante o cuidado médico”, alertou.
Segundo Alexandre, o menino ficou calmo durante todo o tempo. “No vídeo, eu estava carregando ele como um herói de guerra carrega o amigo ferido. Temos que ser lúdicos com os pequenos até nestes momentos porque, se entrarmos em pânico, podemos gerar traumas nas crianças”, afirmou. “Eu quis compartilhar porque foi um susto tremendo”, completou. O caso aconteceu há menos de um mês e Enrico já está bem, em casa e sem sequelas, disse o pai.
A miosite é uma condição caracterizada pela inflamação dos músculos, resultando em dor, limitação dos movimentos associados ao músculo afetado e, em alguns casos, febre. Suas causas podem variar entre infecções virais e doenças autoimunes que levam o corpo a produzir anticorpos contra os próprios músculos. Como consequência, a criança pode enfrentar dificuldades em realizar atividades cotidianas, como subir escadas, erguer os braços, manter-se em pé e até mesmo caminhar.
Em entrevista à Revista Crescer, o pediatra Délio Carneiro Pinheiro explicou que a miosite na infância é causada por uma infecção viral, geralmente respiratória (vírus Influenza, Parainfluenza, Adenovírus, Coxsackie e outros). “A infecção causa uma agressão e necrose muscular, por, acredita-se, entrada de partículas virais no tecido muscular. Com isso, o músculo inflamado, libera uma enzima chamada “CPK” que é detectado em exame de sangue. A miosite não tem uma frequência de aparecimento conhecida, sabemos apenas que ocorre mais frequentemente em crianças entre 5 e 15 anos de idade, com maior prevalência em meninos, do que em meninas, 2:1, aproximadamente. Temos visto, neste ano de 2024, muitos casos de miosite durante quadros de Dengue. A COVID também pode cursar com miosite, mas em frequência comum a outras viroses.”, explicou.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações da Revista Crescer.
Fotos: Reprodução.
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