Dirigir em um grande centro urbano já é o caos que todos nós conhecemos. Agora imagine ser um motorista de ônibus neste cenário, tendo que lidar com engarrafamentos, com o itinerário a ser cumprido com rigor, com o estresse natural de passar tanto tempo concentrado em uma única função, e ainda tendo que apaziguar os ânimos de passageiros nem sempre tão satisfeitos com o serviço de transporte público. Pois é, a rotina destes profissionais não é das mais fáceis. E, por tudo isso, a história do santista Nigson Santana, é tão especial. Em meio a esse caos, o motorista de ônibus de 52 anos fez a gentileza de parar o coletivo de que dirigia somente para ajudar uma passageira deficiente visual a atravessar e rua.
A iniciativa aconteceu quando a passageira do ônibus solicitou a parada. Ao perceber que ela teria que atravessar três ruas para chegar em casa, Nigson pediu licença aos outros passageiros do coletivo e correu para ajudar a mulher. Após deixar a passageira do outro lado da avenida, o motorista voltou ao coletivo e foi aplaudido pelos outros usuários. A cena foi divulgada nas web e rendeu milhares de curtidas nas redes sociais.
No entanto, a atitude faz parte do cotidiano do motorista, já que não é a primeira vez que ele ajuda a mesma mulher a atravessar a rua. Ao G1, Nigson contou que a mulher é passageira frequente da linha 13, que realiza o percurso entre o bairro Rádio Clube e a Avenida Conselheiro Nébias, via Morros. “A Dona Cida sempre pega o meu ônibus. Ela pediu para descer em uma rua da Vila São Jorge e, quando vi que ela precisaria atravessar três ruas, não pensei duas vezes e fui ajudar”.
“Estacionei o ônibus, pedi licença para os passageiros e levei ela até o outro lado. Quando voltei, eles aplaudiram, disseram que eu era o primeiro motorista que eles viam fazendo aquele tipo de boa ação. Não percebi que tinham tirado foto e filmado, mas fiquei muito emocionado com a reação deles”, relata o motorista.
Nigson afirma que tem uma boa relação com os passageiros que transporta. “Levo muitos idosos, deficientes físicos, mulheres grávidas e com crianças pequenas, porque eles sabem que eu espero eles entrarem, se acomodarem para poder seguir viagem. Já ganhei até tomate de uma senhora que dizia que era caqui. Eu falei que estava delicioso, ia comer tudo”, brinca.
“Hoje em dia, as pessoas não têm paciência com os idosos, mas algo que minha mãe me ensinou é de que a gente tem que ser bom para os outros, porque um dia também vamos ficar velhos, então eu sempre busco ajudar os outros, é uma coisa que eu levo comigo. Eu tenho um amor muito grande pelas pessoas”, finaliza.
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Redação CONTI outra. Com informaçãoes de G1
Imagem de capa: Motorista ajuda deficiente visual a atravessar rua de Santos, SP — Foto: Arquivo Pessoal/Wanderson Plácido
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