Este vídeo objetiva apresentar os efeitos dos rótulos dados as gerações. Do convívio entre os indivíduos da geração Baby Boomers nascida entre 1943 a 1960, da geração X nascida entre as décadas de 60 e 80, e a Y nascida após a década de 80 e seus relacionamentos na era da conectividade.
Este vídeo também questiona a concepção de qualidade de vida e as realizações pessoais destas gerações, mas sem a pretensão de ofende-los os diminuí-los. Apenas alertando uma nova geração a necessidade de antenar-se as experiencias vividas pela gerações anteriores.
GERAÇÃO DOS RÓTULOS: DO Y AO GG
Geração Y. Geração Saúde. Geração dos impacientes. Dos egocêntricos. Ou dos improdutivos? Vários são os rótulos dados aos nossos filhos e que eles, sem o menor questionamento, acabam por aceitando e os incorporando. Talvez, até se utilizem deles para se esconder das oportunidades oferecidas pela vida.
Conceitualmente querem mudar o mundo, pois acham que nós e os nossos pais não tivemos a capacidade para fazê-lo. Querem ser o motor da grande revolução tecnológica e os precursores da “reinvenção” da globalização. E, diga-se de passagem, hoje tem todas as ferramentas nas mãos para alcançar esse objetivo.
Entretanto, julgam-se com capacidade intelectual acima da média e rápidos o suficientes para fazer diversas coisas ao mesmo tempo, como ouvir música, twittar, assistir TV pelo tablet, jogar, conversar ao telefone e trabalhar. E realmente são capazes disso, mas então, o que lhes falta? Tudo ao mesmo tempo, sem critérios, sem prioridades, sem uma real definição de qualidade. Quero, posso, desgosto, quero outro. Assim é essa geração que ama o discurso do politicamente correto, mas que não quer se frustrar com os resultados da prática. Uma geração da saúde. Das academias. Dos integrais. Das saladas. E dos lights. Mas que não consegue ir à padaria sem o carro, assim como a geração que usa as redes sociais como artifício para não sair de casa e encontrar os amigos pessoalmente. O que mais vemos são pessoas com centenas de amigos virtuais e pouquíssimos presenciais.
Será que não lhes falta a simplicidade? Ainda acredito na cultura do menos com mais. Eles têm tudo e, na verdade, não tem nada. Passam o tempo fazendo mil coisas e, no final, perderam tempo fazendo nada. Passam horas na academia e ganham tudo em triplo no fast food. Para essa geração do “tudo e nada”, proponho uma receitinha caseira, que seja para gastar um pouco de energia, ou apenas ocupar um pouco do tempo fazendo algo que seja mais útil para alguém. Que tal começar com:
1. Estender a roupa e desentupir a pia: 166 calorias
2. Esfregar o chão e dar banho no cachorro: 285 calorias;
3. Arrumar quarto e cozinhar: 150 calorias
4. Limpar a casa depois de uma festa: 150 calorias
5. Cortar a grama, subir e descer escadas: 470 calorias
6. Desintoxicação virtual.
7. Moderação tecnológica.
8. Canalização de energias.
9. Resgate da simplicidade.
10. Ou apenas retomada de alguns dos valores de nossos pais.
Para essa geração, proponho mais ação e menos rótulos, de forma que parem de se esconder. Afinal, se continuarmos adotando rótulos daqui a pouco a Geração Y passará a ser GG.
Por Deivison Pedroza