Umberto Eco já alertara que nem todos os ouvidos estão prontos para todas as palavras, uma vez que não é fácil enfrentar a verdade. Isso requer coragem, muita coragem, porque bater de frente consigo mesmo dói e obriga o deslocamento de uma zona de conforto a que muitos se apegam como escapismo.
A gente pode até tentar fugir da verdade, mas a vida sempre encontrará meios de nos colocar cara a cara com as consequências de tudo o que fizemos, dissemos, construímos, destruímos e deixamos de fazer, de dizer. É assim que a gente aprende, dolorosamente, que não podemos agir como bem entendermos, à revelia do mundo lá fora. Sem se colocar no lugar do outro, um dia a pessoa se ferra.
Necessário, nesse sentido, não confundir sinceridade com agressividade cruel. Ninguém precisa ser grosseiro para ser autêntico e verdadeiro. A verdade deve ser dita, porém, a forma como ela será colocada influenciará positiva ou negativamente quem a ouvir. Costumamos nos tornar resistentes ao que chega com rispidez, ou seja, ao expressarmos o que sentimos, sem faltar com o respeito, teremos mais chances de sermos ouvidos.
E mais, é preciso selecionar os ouvintes, para não gastar saliva à toa. Tem gente que não está pronta para ouvir o que temos a dizer, tem gente que não ouve ninguém além de si mesmo. Ignorarmos aqueles que se fecham a qualquer tipo de troca com o outro será providencial, para que não nos desequilibremos à toa. Escolher as batalhas a serem enfrentadas nos poupará de gastar munição com o vazio, com o eco de nossa própria voz.
Mesmo que doa, portanto, prefira palavras na cara, que chegam e calam fundo as nossas ilusões, que nos chacoalham os sentidos e nos obrigam a analisar o que estamos fazendo de nossas vidas. É assim que a gente sai das amarras que cria, é assim que a gente consegue ser feliz, sem machucar ninguém nesse caminho. Sem nos machucarmos enfim.
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