Gosto quando te calas
Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.
Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.
Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.
Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.
Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.
Pablo Neruda
Veja também: “Neruda-Fugitivo” , filme relembra fuga e clandestinidade de Pablo Neruda em 1948.
Filmes baseados em fatos reais são bons por, pelo menos, dois motivos. Em primeiro lugar, fazem com…
“Os emojis são usados por grupos reais de jovens , muitas vezes como códigos velados…
Esta série disponível na Netflix tem sido comparada a outras produções de época, como "Bridgerton",…
A atriz abriu o jogo sobre as dificuldades que enfrentou durante o período em que…
Um filme que vai te conquistar logo nos primeiros minutos e te conduzir a uma…
Mani Reggo, de 42 anos, compartilhou, nesta terça-feira (25), um álbum de fotos na praia…