Foi ao perceber sua sombra em uma parede que a vontade de registrar imagens surgiu. Aos poucos, Tina Gomes, moradora do bairro da Zona Leste de São Paulo Cidade Tiradentes, começou a se aventurar na fotografia. As sombras se transformaram em monstros e a objetiva da câmera foi sua única forma de pedir socorro. Semi-analfabeta, autodidata, mãe de cinco filhos, esquizofrênica e em um quadro de depressão, a ex-cobradora de ônibus revela em imagens o mundo que transborda em sua mente.
Seu primeiro contato com a fotografia profissional foi uma palestra a que assistiu no Fotoclube Luminous, a convite da fotógrafa Rita Barreto. Nesse período, ganhou sua primeira câmera e deu início à produção criativa, cujos protagonistas eram seus filhos. Ao começar também a usar computadores e redes sociais, confiou em tutoriais para aprender técnicas e um pouco de teoria.
Ao ganhar uma bolsa na escola Riguardare, Tina Gomes tentou o ensino formal da fotografia. Contudo, foi nesse período que as sombras mudaram. Grávida de nove meses, descobriu que seu bebê sofria de anencefalia e acabou o perdendo durante o parto. Tomada pela depressão, ela se fechou em seu próprio mundo, que se deixa mostrar através das inquietas e emocionantes imagens que você vê logo abaixo.
Sem teoria mas com um turbilhão de sentimentos e criatividade, Tina Gomes avisa que não gosta de fotometria ou flash, prefere a luz da janela. Com figurinos emprestados e usando principalmente a filha Sophia, de 12 anos, como modelo, captura fragmentos de universo à parte. E deixa claro: “Não faço fotos para os outros se sentirem felizes, muito menos para agradar a alguém, muito pelo contrário, faço estas imagens para me libertar de cada dor, cada sofrimento, cada noite de fome… Me liberto a cada dia e a cada retrato.“
Com informações de Coninck Junior
Impossível ver essas imagens sem que o coração se aperte um pouquinho. Permita-se mergulhar e sentir:
Todas as fotos © Tina Gomes
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