Hoje eu já sei quem me faz bem, quem me faz mal e quem não me faz falta alguma

Creio que a maturidade requer muitas coisas de nós e, dentre elas, desponta a necessidade de sabermos exatamente qual é o papel, em nossas vidas, de cada pessoa que nos rodeia, uma vez que termos consciência da importância ou não de quem caminha conosco nos livrará de perder tempo com quem não merece. Nossa felicidade dependerá também desse discernimento.

Sei quem me faz bem. São aquelas pessoas que transpiram verdade, sem rodeios e sem grosseria, fazendo com que nos sintamos melhores, apoiando e alertando para os perigos de nossas ações, porque não querem nos ver infelizes. Ficam contentes ao nos verem conquistando nosso espaço, nosso lugar no mundo, sem um pingo de inveja. São gratas e por elas somos extremamente gratos também.

Sei quem me faz mal. Tem gente que só de estar presente já deixa o ambiente pesado, carregado, como se sugasse as energias à sua volta. Existe, por outro lado, quem tenta enganar com sorrisos que escondem inveja e falsidade. Mesmo que demore, acaba-se sempre sabendo quem falou por trás, quem não traz verdade, enfim, quem é perda de tempo. Distanciar-se desse tipo de pessoa nos salva, sempre.

Sei bem quem não me faz a menor falta: quem foi embora, mas poderia ter ficado; quem me ignora, porque não vê em mim nada que lhe possa ser útil; quem usou o meu melhor da pior forma possível; quem nunca soube perceber que eu precisava de ajuda. Incrível como ficamos mais leves quando certas pessoas param de nos procurar, de caminhar ao nosso lado. Porque tem gente que é como nuvem: faz sol após sua partida.

O tempo sempre nos mostrará as verdades de cada um, o tanto de sinceridade que cada pessoa carrega e a real importância que as pessoas possuem para nós. Nós nos enganamos muito com os outros, investindo inutilmente em gente à toa. Mesmo assim, sempre teremos a chance de nos livrar de quem faz mal e de manter quem agrega sorrisos, ou seja, é preciso agarrar essas chances, para que o caminho de nossa felicidade fique cada vez mais límpido e possível.

Imagem de capa: g-stockstudio/shutterstock







"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar". É colunista da CONTI outra desde outubro de 2015.