Aos 49 anos, Peter Alexander recebeu um diagnóstico que transformou sua vida: demência frontotemporal (DFT), a mesma condição que afeta personalidades como Bruce Willis e Wendy Williams. A DFT é um termo que engloba várias doenças cerebrais que afetam principalmente os lobos frontal e temporal do cérebro, áreas responsáveis por funções como personalidade, comportamento e linguagem. De acordo com a Mayo Clinic, quando essas regiões sofrem atrofia (encolhimento), os sintomas variam: alguns pacientes têm mudanças drásticas de personalidade, tornando-se impulsivos ou emocionalmente indiferentes, enquanto outros perdem a capacidade de se comunicar com clareza.
Ao contrário do Alzheimer — mais associado à perda de memória —, a DFT muitas vezes se manifesta de maneira sutil, mas impactante. No caso de Peter, os primeiros sinais surgiram no ambiente de trabalho. “Comecei a ter dificuldade para cumprir prazos, algo que nunca foi um problema antes”, contou ele à BBC News. Durante reuniões, as palavras simplesmente sumiam de sua mente, deixando-o em silêncio no meio de frases. A princípio, ele não suspeitou de algo grave, mas decidiu consultar um neurologista.
O exame de ressonância magnética revelou a causa: áreas do cérebro relacionadas ao julgamento e à linguagem estavam encolhendo. No dia 14 de janeiro de 2018, o diagnóstico oficial chegou. “O médico me disse que não era mais seguro continuar trabalhando”, relembra Peter. “Meu filtro social e minha capacidade de tomar decisões estavam comprometidos.”
Aos 56 anos, Peter vive com a esposa, Jill, na Irlanda do Norte. A doença trouxe desafios práticos: ele precisou abandonar a carreira, e o casal teve de reorganizar rotinas. Mas, para Peter, o maior obstáculo é o preconceito. “As pessoas pensam que demência é só sobre esquecer coisas, mas é mais complexo”, explica. “Muitos não entendem que ainda sou a mesma pessoa por dentro.”
Ele enfatiza que, apesar das limitações, sua essência permanece intacta. “Posso não conseguir me expressar como antes, mas dentro de mim, ainda sou o Peter.” Sua história ressalta um ponto crucial: o diagnóstico tardio de DFT é comum, e as famílias enfrentam pressão emocional e financeira durante a busca por respostas.
A DFT é uma das formas menos compreendidas de demência. Enquanto casos como o de Bruce Willis trouxeram mais atenção à condição, muitos pacientes ainda lutam contra a invisibilidade. Peter destaca a importância de enxergar além do diagnóstico: “É vital ver a pessoa, não apenas a doença”.
Sua jornada ilustra como a demência pode surgir em plena idade produtiva, desafiando estereótipos sobre quem é afetado por doenças neurodegenerativas. Para ele, cada dia é uma oportunidade de conscientizar o público — não sobre esquecimentos, mas sobre a complexidade de viver com uma condição que redefine, mas não apaga, quem ele é.
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