Indígena brasileira é honrada em prêmio de direitos humanos que já contemplou Malala e Mandela

Vencendo barreiras impostas pela nossa sociedade aos povos indígenas, a advogada Joênia Batista de Carvalho, mais conhecida como Joênia Wapichana, recebeu o principal prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Nova York. O mesmo prêmio já honrou grandes ícones da luta pelos Direitos Humanos, como a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que empreende uma verdadeira cruzada pelo direito das mulheres à educação; além do líder sul-africano Nelson Mandela, que foi um dos mais importantes nomes da luta contra o processo de discriminação instaurado pelo apartheid.

Joênia Wapichana, de 44 anos, nasceu na comunidade indígena Cabeceira do Truarú, na etnoregião Murupú, de etnia Wapixana. Sua trajetória é repleta de muitas lutas e também muitas conquistas. Em 1997, ela foi a primeira indígena a se formar em Direito no país. Em 2004, se tornou a primeira a ir até a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, para denunciar violações do Estado brasileiro.

Em 2008, Joênia se tornou a primeira a defender um caso no Supremo Tribunal Federal. Três anos depois, se tornou novamente a primeira a completar um mestrado em uma universidade dos Estados Unidos. E a lista de conquistas de Joênia cresceu ainda mais no mês de outubro, quando ela rompeu mais um paradigma ao se tornar a primeira mulher indígena a se eleger deputada federal no Brasil.

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Criado em 1968, o prêmio de Direitos Humanos da ONU é visto como uma espécie de Nobel da Paz concedido pelas Nações Unidas

“Sempre fui minoria por onde passei”, diz a advogada em entrevista à BBC News Brasil. “Isso que me impulsionou a provar que somos capazes, que o indígena não é inferior e que basta ter uma oportunidade, que ele agarra.”

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Redação CONTI outra. Com informações de BBC







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