Em 20 de agosto de 1989, a vida de Lyle e Erik Menendez mudou para sempre. Naquela noite, os dois irmãos, então com 21 e 18 anos, assassinaram seus pais na mansão da família, em Beverly Hills. O crime, brutalmente executado com espingardas, chocou o país e se tornou uma das histórias mais comentadas nos Estados Unidos.
Os irmãos foram presos no ano seguinte, após uma confissão feita por Erik ao seu psicólogo, que veio à tona por meio da namorada do terapeuta. A acusação sustentou que Lyle e Erik mataram os pais para herdar uma fortuna, mas a defesa alegou que o ato foi motivado por anos de abusos físicos e psicológicos sofridos dentro de casa.
Os primeiros julgamentos foram anulados, mas, em 1996, no segundo julgamento, os irmãos Menendez foram condenados a duas penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Após serem sentenciados, os dois acreditaram que cumpririam pena na mesma unidade prisional. No entanto, foram transportados em veículos diferentes para presídios distintos, o que marcou o início de mais de duas décadas de separação.
Nesse primeiro dia, chegaram a se ver brevemente no pátio de uma prisão, mas sem poder conversar. “Eu não entendia por que eles me colocaram em outra van”, revelou Erik no documentário da Netflix O Caso dos Irmãos Menendez .
Ao longo dos anos em que ficaram separados, não foi permitido que se comunicassem por telefone. Para manter o vínculo, os irmãos trocavam cartas e jogavam partidas de xadrez por correspondência, enviando os movimentos por correio.
Um encontro tão esperado dos irmãos aconteceu apenas em 2018, após 22 anos separados. Erik já estava no RJ Donovan Correctional Facility desde 2013, e em fevereiro de 2018, Lyle foi transferido para a mesma instituição, vindo da Prisão Estadual de Mule Creek. No entanto, inicialmente, eles ainda estavam alocados em setores diferentes, sem possibilidade de se verem.
Foi apenas em abril daquele ano que Erik se mudou para o mesmo bloco habitacional de Lyle. O reencontro foi repleto de emoção. “Quando se viram, começaram a chorar e se abraçaram por minutos sem dizer uma palavra sequer”, relatou Robert Rand, jornalista que acompanha o caso desde 1989 e foi um dos entrevistados no documentário da Netflix.
De acordo com Rand, depois desse primeiro abraço, os guardas permitiram que passassem uma hora juntos em uma sala reservada. A partir dessa mudança, os irmãos passaram a conviver diariamente, durante refeições e momentos de recreação.
Lyle e Erik, segundo o jornalista, frequentemente expressavam a saudade do outro ao longo dos anos de separação. O reencontro trouxe um raro momento de conforto em meio às condições do sistema prisional.
A história dos irmãos Menendez continua a despertar o interesse do público. A nova série documental da Netflix reacendeu o debate sobre o caso, apresentando depoimentos, gravações de arquivo e análises que exploram a complexidade por trás do crime e das motivações alegadas.
Mesmo mais de três décadas após o assassinato, a trajetória dos irmãos segue cercada de polêmica e desperta reflexões sobre o impacto de traumas familiares, o funcionamento da justiça e o tratamento dados a casos de abuso dentro do contexto legal.
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