Na contramão dos protestos e ataques contra centros de acolhida de refugiados, as iniciativas populares para acolher migrantes que fogem da pobreza e da guerra têm se multiplicado na Alemanha, na Islândia e na Espanha nos últimos dias.
Na Islândia, o menor país dos três, o governo liberou a entrada de somente 50 imigrantes sírios. A iniciativa revoltou a população, que decidiu ir além.
A escritora Bryndis Bjorgvinsdottir criou um grupo no Facebook e lançou uma carta aberta ao ministro do Bem-Estar do país, Eygló Harðardóttir, pedindo permissão para as pessoas que estivessem dispostas a acolher os refugiados pudessem colaborar. Mais de 11 mil famílias responderam ao apelo e ofereceram suas casas para acolher refugiados sírios, de acordo com o jornal The Independent. A mobilização no país é maciça e cerca de 30% da pequena população de 323 mil pessoas querem que o país faça mais sobre o assunto.
Na carta, Bjorgvinsdottir disse que gostaria de mostrar a simpatia da opinião pública para promover a acolhida dos refugiados. Ela ainda lembra que os imigrantes representam “recursos humanos” com experiência e habilidades que poderiam ajudar a todos os islandeses.
“Eles são os nossos futuros cônjuges, melhores amigos, a próxima alma gêmea, um baterista para a banda dos nossos filhos, o próximo colega, Miss Islândia 2022, o carpinteiro que finalmente termina o banheiro, o cozinheiro na lanchonete, um bombeiro e o apresentador de televisão “, escreveu, segundo o jornal.
Após o amplo apoio popular da medida, o primeiro-ministro do país anunciou a formação de um comitê para reavaliar o número de pessoas que poderão ser acolhidas. A Europa lida com o influxo incessante de pessoas oriundas do Oriente Médio, da Ásia e da África, que chegam fugindo de guerras, da perseguição e da pobreza.
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Fonte indicada: Yahoo Notícias