Por Gabriela Gasparin
A israelense Yamit Silverman Fonseca, de 39 anos, tinha 21 quando saiu do serviço militar obrigatório em Israel e foi viajar pelo mundo.
Não parou durante oito anos. Conheceu a Austrália, a Índia, os Estados Unidos e a América Latina.
Até que um incidente de percurso a manteve presa em uma cachoeira na Chapada dos Veadeiros, em Goiás: conheceu o Bruno, um guia turístico que morava na região e por quem Yamit largaria tudo para viverem juntos.
“Um dia depois que eu cheguei aqui eu já conheci o Bruno na cachoeira. Meu marido. Me apaixonei por ele, por esse lugar, tomei banho nesta água e falei, eu não vou embora, não.”
Daquela vez, os dois passaram apenas de três a quatro dias juntos. Era uma paixão de viagem. Ela precisava seguir seu caminho e foi para Nova York. Chegando lá, não conseguiu esquecer Bruno.
Yamit trabalhou por dois meses em Nova York, juntou dinheiro e voltou à procura de Bruno. “Eu voltei, peguei ele e e nunca mais soltei (…). Cheguei aqui na sorte. Que nem a mesma língua a gente falava. A gente misturou quatro línguas juntos, tudo misturado.”
Bruno havia explicado a Yamit por telefone que não tinha casa, morava em uma cabana na beira do rio, sem banheiro ou chuveiro. Ela não quis nem saber. “Vim na sorte, se rolar, rolou.”E acabou rolando. Hoje os dois moram juntos no meio do mato, em uma casa no Vale da Lua, um ponto turístico da região onde as pedras têm uma formação que lembram a superfície lunar. Lá eles abriram uma lanchonete e vivem da venda de sucos e lanches aos turistas.
Antes de ficarem definitivamente juntos, Yamit contou que por cinco anos ela vinha ao Brasil com visto de turismo, ficava seis meses e precisava sair por outro meio ano. Até que se casaram de vez. “Aí que nunca mais eu saio daqui. É maravilhoso, maravilhoso.”
Disse que chegaram a viver sem energia elétrica na casa do vale. Depois chegou um gerador de energia solar. “Depois que muda para o mato não tem como voltar para trás”, revelou.
Yamit disse que nem tudo é tão calmo assim quanto parece ao morar na natureza. Em época de queimadas precisa proteger a casa do fogo. Quando chove, o rio enche e ninguém passa.
Há ainda a preocupação com a saúde. “Se alguém se machucar aqui é um problema. Por isso você tem que ficar muito forte. Fazer exercícios, comer bem e se virar com seus problemas. É melhor evitar.”
A israelense contou que sua família já foi até a Chapada dos Veadeiros conhecer Bruno e ele também já foi a Israel. “No começo meus pais reclamaram porque o Bruno não era judaico e na minha religião não se pode casar com uma pessoa de outra religião. Mas depois que eles conheceram o Bruno, se apaixonaram por ele, acabou esse problema e nunca ninguém mais tocou no assunto.”
Sentido da vida
E da mesma forma que Yamit foi certeira ao decidir viver um grande amor ela é sobre o sentido da vida: “eu tenho certeza que é a felicidade. É a unica coisa que importa. Porque sem ela nada vale e se você a tem pode passar por qualquer coisa.”
Revelou que busca essa felicidade a todo momento. “É isso o meu destino na vida, é melhorar minha felicidade.”
Para ser feliz, procura ter uma vida saudável e lê muito. “‘E tomo banho de rio, que ajuda bastante. Você pode estar triste, bravo e nada dar certo. Aí você enfia sua cara lá dentro d’água e sai feliz, é impressionante.”
Vidaria é um projeto parceiro Conti outra.
Leia mais histórias como essa em Qual o sentido da vida?
Um filme intensamente sedutor para assistir no conforto da sua privacidade depois de colocar as…
Esta série não sai do TOP 10 da Netflix desde a sua estreia; saiba os…
Se você já presenciou um casal adulto conversando em tons infantis, com vozes suaves e…
Você não vai querer sair da frente da TV após dar o play nesta nova…
Será que você consegue identificar o número 257 em uma sequência aparentemente interminável de dígitos…
Se você é fã de comédias românticas que fogem do óbvio, “O Casamento do Meu…