Um adolescente de 17 anos, Erik Edge, morreu nos Estados Unidos após complicações durante uma cirurgia para remoção do dente do siso. Segundo informações preliminares, a causa do óbito foi uma ocorrência à anestesia administrada antes do procedimento, que teria levado ao fechamento de sua garganta.
A família de Erik acusa o cirurgião-dentista Bryan McClelland, responsável pela operação, de negligência. De acordo com relatos, McClelland teria desempenhado simultaneamente as funções de cirurgião e anestesista, experimentadas para reduzir custos e aumentar os lucros. A família entrou com um processo contra o profissional e a clínica onde ocorreu uma intervenção.
A remoção do dente do siso é um procedimento comum em odontologia, mas, como qualquer cirurgia, apresenta riscos. Entre eles estão infecções, lesões nos nervos, sangramentos e consequências decorrentes da anestesia.
Os especialistas alertam que o sucesso da cirurgia depende de uma avaliação prévia específica. “Nós garantimos a segurança conhecendo o paciente verdadeiramente. Pedimos exames laboratoriais, radiológicos e, em alguns casos, tomografias para ter certeza de que o paciente está apto para o procedimento”, explica a cirurgiã-dentista Danielly Moura, especialista em implantes e próteses pela Universidade Europeia Miguel de Cervantes.
Outro ponto crítico é a escolha do local e do profissional. “A cirurgia precisa ser realizada em ambiente adequado e com um profissional capacitado. Isso reduz significativamente os riscos”, reforça Moura.
Após a remoção do siso, é esperado que a dor e o inchaço diminuam entre 24 e 48 horas. No entanto, sinais como febre alta, sangramento excessivo, dor intensa que não melhora com medicamentos e surto persistente ou crescente podem indicar complicações. Nesses casos, é essencial buscar orientação médica imediatamente.
Apesar dos riscos, a cirurgia do siso é considerada segura quando realizada com os devidos cuidados. Seguir as orientações de um profissional de confiança e as recomendações do pós-operatório são medidas que ajudam a evitar complicações.
O caso de Erik Edge levanta preocupações sobre negligência em procedimentos cirúrgicos. A combinação de funções críticas, como a de empréstimo e de anestesista, em um único profissional é vista com cautela por especialistas, que enfatizam a necessidade de equipe adequada para garantir a segurança do paciente.
A família de Erik espera que o processo judicial traga justiça e chame atenção para a importância de práticas seguras na odontologia.
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Fonte: O Globo.
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