Justus Uwayesu passou a maior parte da sua infância vivendo nas ruas de Ruanda, pequeno país da África Central. Ele morava dentro de um carro incendiado em um depósito de lixo. “Não havia chuveiro, e eu não tomava banho”, contou ele ao The New York Times.
Ele nasceu na zona rural do leste de Ruanda e quando tinha 3 anos, seus pais foram mortos em um combate motivado por questões políticas. Na ocasião, mais de 800.00 pessoas tiveram suas vidas ceifadas em apenas 100 dias. A Cruz Vermelha conseguiu resgatar um irmão e duas irmãs.
Um casal passou a tomar conta das crianças, mas a quantidade de órfãos na região foi se multiplicando e a família abandonou os quatro. “Foi um período muito sombrio, porque eu não conseguia ver um futuro. Eu não conseguia ver como a vida poderia ser melhor ou como eu poderia sair daquela situação”, contou.
No entanto, o menino viu sua vida mudar completamente no ano 2000, quando Clare Effiong, fundadora de uma ONG em New Rochelle, Nova York, resolveu viajatr para Ruanda e conhecer histórias de crianças que precisavam de ajuda. Ao encontrar Justus, ela perguntou qual seria seu maior sonho, e ele não hesitou em sua resposta: “Eu quero muito ir para a escola”.
Após concluir seus estudos, Justus conseguiu resolveu ir além. Hoje, Justus Uwayesu, faz parte da maior universidade do mundo, Harvard. Ele passou 13 anos estudando e aprendeu inglês, francês, suaíli (uma das línguas oficiais do Quénia) e lingala (idioma materno na região noroeste da República Democrática do Congo).
Justus estudou muito e conseguiu vaga em uma escola especializada em ciência. Durante os estudos, trabalhou na caridade e fundou uma escola de culinária para garotas, no campus do próprio orfanato. Em Harvad ele estudou através de uma bolsa integral, matemática, economia e direitos humanos.
A história de Justus nos mostra que a Educação é a melhor ferramenta daqueles que desejam transformar suas vidas.
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Redação Conti Outra, com informações do Pragmatismo Político.
Fotos: Reprodução.