Os plásticos estão causando danos irreparáveis ao nosso planeta. Quando falamos de mares e oceanos, as coisas são ainda piores. Só na Espanha, segundo dados do Greenpeace, 30 milhões de latas e plásticos são jogados no lixo todos os dias, dos quais 79% vão para aterros ou diretamente para o meio ambiente. Muitos deles chegam ao mar, devido à ação de rios, esgotos, tempestades, chuvas, entre outros.
Muitos amantes da natureza, ativistas ou pessoas conscienciosas, decidiram agir para impedir tudo isso. Entre eles está o jovem porto-riquenho Marcos Daniel Cruz, que surfa e vê com os próprios olhos a poluição dos mares do país.
Ele então decidiu começar um novo projeto e fazer pranchas de surf feitas com o plástico recolhido nas praias, transformando o lixo em pranchas que são verdadeiras obras de arte, além de serem sustentáveis, é claro.
Quando os plásticos tocam os cursos d’água (rios, canais, esgotos), uma jornada direta ao mar começa. O Greenpeace explica que 80% dos resíduos encontrados nos oceanos vêm da terra, enquanto os outros 20% pertencem à atividade marítima (redes de pesca e outros).
O Concurso Internacional de Upcycle de Criadores e Inovadores da Vissla e Surfrider criou uma competição saudável que promove a sustentabilidade ambiental, diretamente relacionada a este belo esporte que é o surf.
Marcos Daniel Cruz concorre com seu incrível design de prancha que foi resultado de um mês de reciclagem na praia de Vega Alta, em Porto Rico. Ele já é finalista do concurso.
Sua prancha é feita com 100% de produtos reciclados e resgata a ideia de seu projeto de graduação na Escola de Artes Plásticas e Design de Porto Rico. “Sempre quis trabalhar algo com sustentabilidade. Como ‘surfista’, tenho visto o problema da contaminação da água muito presente… sempre que ‘surfo’ encontro muito lixo.”, completa.
“Por isso, a ideia central do projeto, muito antes da competição, é recuperar o plástico que chega às nossas praias e criar um material com o qual possam ser feitas pranchas de surfe e outros produtos para esportes náuticos, para que a as fábricas que se dedicam a isso possam aproveitá-lo”, conta o esportista.
Para seu projeto, ele teve que recolher quase 13 quilos de plástico, uma quantidade que parece pouca, mas é muita em termos de volume e trabalho.
A partir daí, iniciou-se um belo processo de criação, com incessantes trabalhos de design, pesquisa e fabricação.
Independentemente do resultado do concurso, Vicens está feliz com sua criação. O produto bonito e altamente funcional tem potencial para revolucionar o mercado. Nossos mares e oceanos apreciam isso!
“Estou muito feliz, porque este é um projeto que pode realmente contribuir para fazer uma boa mudança para o nosso meio ambiente e nosso dia a dia”, completa.
Muito sucesso, Marcos!
Com informações de UPSOCL
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