Eu começaria uma oração assim e faria as promessas necessárias para garantir êxito. A missão de impressionar me parece, além de um castigo interminável, uma extenuante e infrutífera perda de tempo.
Impressionar é causar alguma impressão, mas não necessariamente a impressão desejada. Ainda menos garantido é o retorno esperado. Nós, pessoas, somos extremamente exigentes com os outros, implacáveis, imperdoáveis. Ainda que impressionados, arrumamos um jeito de criticar e desvalorizar.
Tentar impressionar é tirar o foco de si mesmo e projetá-lo no outro, é fazê-lo protagonista da sua história. É implorar a provação desnecessária, abrir mão da satisfação pessoal e se submeter aos critérios alheios, muitas vezes duros e injustos, motivados por desprezo, malícia, leviandade, indiferença e até mesmo, inveja.
Uma vez aberta essa porta, por ela passam todas as opções possíveis, desde votos encorajadores e incentivadores, até a famosa torcida contra, determinada a estragar qualquer chance de vitória.
Quando você se esforça para impressionar, se coloca numa posição delicada, fazendo saltar fragilidades e traços vulneráveis. Não tente impressionar, não se esforce para chamar a atenção, não se troque por uma crítica displicente.
A tentativa de impressionar revela insegurança. É mira equivocada num alvo imaginário.
Dica boa para deixar o tempo trabalhar a nosso favor: Nenhum esforço justifica o julgamento alheio, nenhuma iniciativa é recompensada se não for em proveito próprio. A quem dermos o poder de julgar, também terá o controle de nossas opções.
Não impressione, viva! Discreta e indiretamente esse movimento impressionará muita gente. E mais do que isso, inspirará!
Se quiser mesmo ter visibilidade e reconhecimento públicos, realize algo notório, admirável, inesquecível. Se não for possível, use a discrição como aliada, o livre arbítrio como ferramenta e seu próprio julgamento como moderador.
E então, sem mais nenhum esforço para impressionar, haverá tempo e disposição de sobra para desfrutar a vida de forma IMPRESSIONANTE!
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