Uma unidade do hipermercado no bairro dos Jardins, em São Paulo, foi invadida e depredada na noite desta sexta-feira. A ação, impetrada por manifestantes da 17ª Marcha da Consciência Negra, é uma resposta pela morte de João Alberto Freitas por seguranças de um Carrefour em Porto Alegre.
Segundo informações do jornal O Globo, alguns manifestantes atiraram objetos e destruíram a fachada da loja na Rua Pamplona, uma das áreas mais nobres da cidade. Outros atiraram pedras contra as janelas do supermercado e quebraram produtos.
Há notícia também de que um carro que estava parado na frente da loja também foi destruído. Clientes que realizavam compras no momento da manifestação tiveram de se proteger no fundo da loja.
Manifestantes ateiam fogo no Carrefour da Pamplona, região do Jardins em São Paulo, em ato contra o racismo e pelo #DiadaConscienciaNegra pic.twitter.com/efL6O2zfna
— Democratize (@agdemocratize) November 20, 2020
O objetivo da maniifestação era apenas protestar contra a morte de Joção Alberto Freitas e pedir justiça racial no Brasil. O ato foi organizado pela Movimento Negro Unificado (MNU), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) e outros coletivos do movimento negro.
Foi na Avenida Paulista, em frente ao Masp, que os protestos tiveram início. Além de lideranças do movimento negro, discursaram vários parlamentares, como a deputada estadual Mônica Seixas (PSOL), a vereadora eleita Erika Hilton (PSOL) e Orlando Silva (PCdoB), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo.
Após pedido dos organizadores para que os manifestantes interrompessem a depredação do Carrefour, a manifestação foi encerrada.
A entrada do Carrefour da Pamplona ficou parcialmente destruída. Ainda não se sabe se foram manifestantes que ocuparam o supermercado. O ato continua do lado de fora, sem qualquer sinal de violência. #DiadaConscienciaNegra pic.twitter.com/Rd2YwI0qXq
— Democratize (@agdemocratize) November 20, 2020
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Redação Conti Outra, com informações de Yahoo Notícias e O Globo.
Foto destacada: Edilson Dantas / O Globo.