No documentário “Se eu fosse Luisa Sonza”, da Netflix, a cantora brasileira abre o coração sobre os desafios enfrentados durante um dos anos mais turbulentos de sua vida, revelando detalhes íntimos de sua batalha contra a depressão, paranoia e o vício em remédios controlados. A obra, que mergulha na vida pessoal da artista, expõe os bastidores de um sucesso musical que contrastava com a luta silenciosa nos bastidores.
Luisa Sonza, que na época tinha 22 anos, compartilhou os efeitos devastadores do ódio online que recebeu durante sua separação de Whindersson Nunes e seu relacionamento subsequente com Vitão. Os comentários negativos não apenas resultaram em episódios recorrentes de depressão, mas também a levaram a depender de medicamentos para dormir e ficar acordada.
“Eu não queria dormir, misturava com bebida, ficava ligada. Eu tinha medo de dormir porque vinham muitas alucinações. Aí depois eu ficava tão cansada que tomava outros para apagar. Eu não falava disso para ninguém porque eu achava que estava ficando louca”, relata Luisa em um dos momentos marcantes do documentário.
As alucinações frequentes se transformaram em paranoia, a ponto de a cantora relatar um episódio durante uma sessão de massagem. “Eu estava deitada na maca e comecei a pensar que aquela pessoa ia me matar. Que iria pegar uma faca e enfiar nas minhas costas”, revela, destacando a gravidade de sua condição na época.
Mesmo diante das tentativas da equipe de Sonza em fazê-la enxergar a realidade, a cantora resistia. “Eu queria esquecer, passei a ter medo da realidade. Tinha uns pesadelos… cheios de sangue”, relembra.
O documentário destaca a oscilação emocional de Sonza, entre momentos de profunda tristeza e felicidade, especialmente quando conhece um novo amor, Chico Moedas. O relacionamento é apresentado como um ponto de luminosidade em meio à escuridão que a artista enfrentava.
Nos momentos mais dramáticos, Luisa Sonza revela ter enfrentado pensamentos autodestrutivos: “Eu me imaginava correndo, no alto de um prédio, bem reto assim, e eu correndo e pulando. Ninguém quer morrer. A gente só quer que aquela dor acabe”, reflete, expondo a gravidade de seus conflitos internos.
Além das questões emocionais, Sonza revela problemas físicos decorrentes do estresse, incluindo síndrome do pânico, distúrbios do sono e o diagnóstico surpreendente de quatro úlceras. “Eu sentia muita dor. Na boca do estômago, no braço esquerdo, tinha taquicardia. Pensava, vou infartar. Não conseguia comer, doía demais, queria vomitar. Aí fui fazer endoscopia e descobriram quatro úlceras. Uma bem grande e outras menores”, explica.
“Eu tô cansada de ficar triste. Tem muita coisa que não sei lidar ainda”, desabafa Sonza, destacando a importância de destigmatizar as conversas sobre saúde mental e encorajar outros a buscarem ajuda.
O documentário oferece uma visão íntima da jornada de Luisa Sonza, ressaltando a importância de abordar abertamente os desafios mentais e emocionais enfrentados por figuras públicas, contribuindo para uma conversa mais ampla sobre saúde mental.
Com informações de EXTRA
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