O motorista de aplicativo Edson Araújo, motivado por experiências pessoais e após ficar 6 meses desempregado, escolheu um nicho de trabalho que antes seria inusitado, mas que ele já pensava em atuar. Hoje 70% do seu tempo é destinado ao atendimento de fiéis do Candomblé e da Umbanda no Rio de janeiro. Por causa disso ganhou até o apelido “Macumber”.
“Assim que eu comecei a trabalhar em aplicativo, eu já senti o desejo de fechar este tipo de serviço. Porque eu mesmo já sofri formas de discriminação quando eu ia para algum lugar trajado com a roupa do Candomblé. Então pensei em criar um tipo de serviço onde as pessoas de religiões de matriz africana pudessem se sentir confortáveis e sem medo”, afirmou Edson.
Edson sabe que o ideal é que haja cada vez mais conscientização das pessoas. Ele conhece a intolerância religiosa, tão comum no Rio de Janeiro. Edson também sabe, entretanto, que oferecer um serviço especializado deixa as pessoas mais à vontade e seguras. Para alguns dos seus clientes, inclusive, ele até fecha pacotes de transporte para festas e rituais.
“Como eu mesmo já sofri discriminação, o intuito é minimizar esse dano. A gente faz o possível”, disse o motorista.
Edson explica que o serviço exige cuidados. Caso o contratante tenha que colocar uma oferenda, ele espera o fim do ritual, para ter certeza de que o cliente volte em segurança. Ele também diz tomar muito cuidado no trajeto porque as oferendas podem ser frágeis.
“Se tem que deixar algo na rua, eu vou e espero. Se tem que ir a uma cachoeira, eu vou e trago de volta”, explicou Edson.
“Eu tive a ideia do serviço e postei em grupos de Facebook. Aí, uma participante de um grupo gostou e compartilhou em um grupo privado. Ela entrou em contato comigo, disse que adorou e que ela e as amigas me apelidaram de ‘Macumber’. Eu adorei e perguntei se podia utilizar e ela deixou”, contou.
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Com informações de G1
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