Dificilmente você verá ou ouvirá em nossos tempos artigos sobre mães e pais abusadores, bem como sobre o significado e extensão deste termo.
O fato é que o arquétipo da mãe ou do pai terrível não encontra espaço palpável na atualidade do politicamente correto. Como seria possível pais que deveriam amar e proteger os seus filhos, acima de tudo, poder prejudicá-los? Nos subterrâneos, porém, pouquíssimo abaixo de tudo o que pode ser visível, é o local onde se encontram as reais condições da pseudovida de inúmeros filhos que, na maioria das vezes, confundem-se de modo enlouquecido quando, por exemplo, os pais vivem falando que os amam, mas as suas ações demonstram exatamente o oposto.
Outra questão relevante é de que a vítima deste tipo de sequestro de alma está desde o nascimento atada à essa trama, e sua percepção, portanto, pode parecer duvidosa. Isso costuma ocorrer até o momento em que encontra dados suficientes para identificar, de modo preciso, sobre o que está de fato ocorrendo.
Estes algozes são mães, pais ou pessoas que ficam no lugar de supostos “cuidadores”, são catalogados como narcisistas perversos, com ausência de empatia e inúmeros outros fatores que você poderá identificar aqui, se este for o seu caso.
Costumam articular mentiras para convencê-lo de que a sua versão da realidade não é a certa. Dizem que o que você fala ou percebe não é bem assim, que é imaginação sua e quando você reclama de algo sobre o tratamento ou sobre a fala desestabilizadora, a tática é a desqualificação imediata, avisando-o de que não se recordam de terem dito algo abusivo ou lesivo. Esse tipo de estratégia de fragmentação do psiquismo é uma forma altamente eficaz de abuso emocional porque leva a vítima a achar que está ficando louca, posto que suas percepções de realidade são constantemente negadas, e pior ainda, quando a pessoa que as nega é o próprio cuidador, a pessoa que supostamente deveria oferecer referências sobre e para a vida. Esses indivíduos são caracterizados como narcisistas perversos e nesses casos continuam “perfeitos” e você é a sombra, ou seja, o louco.
Absolutamente, tudo tem que passar pelo crivo perceptivo dos tais abusadores. Os filhos, em vez de falarem entre si, apenas se comunicam por intermédio desses genitores, o que confere o poder que os narcisistas tanto perseguem e tanto se deleitam. Nas brigas em família é onde a situação costuma ficar mais em evidência. Via de regra, sempre um dos filhos é o bom e o outro o mau, sendo que eles são a única fonte de informação entre todos, o que os faz sentirem-se mais e mais importantes, êxtase máximo para este tipo de personalidade. Fazem o intempestivo serviço de, nas brigas, controlar o fluxo das informações interpretando o que ouvem por meio de seus próprios critérios. Esse truque faz as pessoas ficarem mais em desequilíbrio e mais dependentes dos poderosos genitores.
Não se contesta um narcisista, não há espaço. Eles sempre têm alguma desculpa ou uma explicação fácil. Quando são checados, costumam ficar escandalizados e criam argumentos cuja finalidade é a de se desresponsabilizarem de qualquer impropério por eles causado. Ainda no intuito de desestabilizar a vítima gerando culpa, alguns realizam discursos explanativos em meio a chavões, lembrando aos demais de que são humanos, ou se vitimizam, dizendo que são pais e que querem o melhor para os seus filhos. Em sua doença narcísica, porém, a falta de empatia continua imperando a ponto de se perpetuarem infinitamente no mesmo tipo de padrão de funcionamento. Mesmo depois de tais episódios difíceis, não mudam as suas condutas. Não possuem a menor percepção de que todos à sua volta também são da categoria humana e que sofrem por conta da frieza e das ações desmedidamente veladas surgidas apenas e tão somente em nome de se obter poder sobre o outro.
Em meio a todo esse cenário difícil de sobrevivência, é possível que você possa estar se perguntando o quanto é viável se sair bem e ileso de uma trama dessa ordem.
A cura emocional, bem como o resgate de si mesmo, começa quando se percebe que há algo de muito errado nesse tipo de relação.
O começo é a consciência. Após a descoberta, o segundo passo é o de buscar ajuda terapêutica. Lembre-se de que você tem uma vida de vício emocional nesse tipo de funcionamento neurológico e, a essa altura, já tem inúmeras respostas automáticas que movem suas ações em meio a crenças negativas infundadas criadas por você e em relação a si mesmo.
Despadronizar e se resgatar descobrindo a sua verdadeira natureza será o toque mágico que fará a sua existência acontecer em sua plenitude.
Terapia eficiente, somada a todo tipo de leitura sobre o assunto, o ajudará a ter mais e mais consciência e lhe fortalecerá para que você possa ter as atitudes libertadoras que tanto almeja. Toda busca nesta direção será bem-vinda e de grande valia.
Por Silvia Malamud
Conheça mais sobre a autora e seus outros artigos aqui.
Via: Somos Todos Um
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