É uma forma exclusiva das abelhas se deslocarem de floresta em floresta, no meio da cidade. O objetivo não é inserir novos insetos, mas preservar as espécies de abelhas nativas da área e conscientizar o público sobre isso.
Há algumas décadas, a comunidade científica mundial tenta conscientizar as pessoas sobre a crise das abelhas que afeta cada vez mais o planeta. Elas são uma das principais espécies em termos de polinização de plantas e já foi avisado que se houver uma extinção delas, todo o ecossistema do planeta será afetado. Por isso, muitas ações vêm aparecendo, com o objetivo de preservá-las.
Aqui no Brasil, está sendo construído um corredor para a migração desses insetos com segurança. Como iniciativa estadual, será construída em Brasília a grande estrada ecológica de 10 quilômetros, ligando os dois parques mais importantes do distrito. Mais de 45 mil árvores serão plantadas com a intenção de que as abelhas possam se deslocar do Parque da Cidade para o Parque Nacional de Brasília.
Não serão inseridas novas abelhas, o objetivo é conseguir conservar as espécies nativas já existentes nas matas, mas que perderam território com a expansão da cidade.
O corredor vai cruzar florestas e cidades, sendo uma espécie de via exclusiva para abelhas. Sendo assim o maior corredor apícola do mundo. A implementação deste projeto irá preservar não só os insetos mais importantes da Terra, mas também a flora natural do território. Para isso, tem contado com a participação de cidadãos, com o propósito de incluí-los na consciência que se deve ter em torno desta espécie.
As abelhas não só produzem mel, mas são as espécies encarregadas de polinizar os vegetais nas roças e nas florestas próximas às colmeias. Uma vez realizado esse processo, diferentes animais como pássaros, borboletas ou morcegos podem transportar o pólen de flor em flor, processo que ocorre em todo o planeta. Isso permite a germinação de plantas e frutas, além de ajudar a manter a biodiversidade mundial. Em outras palavras, sem as abelhas, levaria apenas alguns dias para que a flora terrestre começasse a morrer.
O corredor de Brasília já conta com 80 voluntários e conta com a supervisão de biólogos durante todo o processo. Os pais têm aproveitado para se educar sobre as abelhas e as florestas, podendo participar com seus filhos, que serão as novas gerações encarregadas de continuar a colaborar com o meio ambiente.
Com informações de UPSOCL
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