Os sinais de um abuso emocional, às vezes, são difíceis de detectar. Ao contrário do abuso físico, o abuso emocional é feito e recebido mais frequentemente do que as pessoas que estão ao redor da vítima podem perceber.
O pior de tudo é que a vítima também não se dá conta, já que a profundidade do abuso costuma aumentar de forma paulatina, fazendo com que a vítima justifique, por aproximação, os maus tratos que nunca teria aceitado se tivessem começado de forma radical.
O abuso emocional pode ser mais prejudicial do que o abuso físico, já que pode enfraquecer o que pensamos sobre nós mesmos. Pode paralisar tudo o que estamos destinados a ser: permitimos e transformamos em algo falso para que possamos nos definir erroneamente. O abuso emocional pode acontecer entre pais e filhos, marido e mulher, entre parentes, entre colegas de trabalho e chefes e, até mesmo, entre amigos.
O abusador costuma projetar suas palavras, atitudes ou ações sobre a vítima, ou vítimas, que ele escolheu. Essa é uma de suas estratégias preferidas para evitar qualquer conflito cognitivo que possa colocar sua falsa autoestima em contradição e, além disso, é uma forma de atacar da própria vítima, fazendo-a dependente e criando nela um sentimento de desamparo.
Responder às perguntas que propomos a seguir pode fazer com que você encontre uma resposta:
A humilhação, a degradação, a negação. Julgar, criticar:
Há alguém que faz brincadeiras sem graça com você ou que o expõe na frente dos demais?
Faz piadas com você, utiliza o sarcasmo como uma forma de colocá-lo para baixo ou de denegrir a sua imagem?
Ele/eles dizem que sua opinião ou sentimentos são “ruins” ou não têm importância?
Alguém lhe ridiculariza regularmente, lhe rejeita, não leva em conta suas opiniões, pensamentos, sugestões e sentimentos?
Você acredita que essa pessoa lhe trata como uma criança?
Constantemente lhe corrige ou castiga porque seu comportamento é “inapropriado”?
Você sente que deve “pedir permissão” antes de ir a algum lugar ou antes de fazer algo e, inclusive, tomar pequenas decisões?
Controla suas despesas?
Trata você como se fosse inferior a ele/eles?
Faz você sentir que ele sempre tem razão?
Lembra constantemente dos seus defeitos?
Menospreza suas conquistas, suas aspirações, seus planos e até mesmo quem você é?
Desaprova com desdém ou despreza seu olhar sobre as coisas, seus comentários e comportamento?
Acusa de algo artificial quando sabe que não é verdade?
É incapaz de rir de si mesmo?
É extremamente sensível quando se trata de outras pessoas que fazem brincadeiras com ele ou que façam qualquer tipo de comentário que parece demonstrar uma falta de respeito?
Desculpa-se por seus problemas?
Querem se justificar por seu comportamento ou tendem culpar os outros, ou as circunstâncias, por seus erros?
Como se dirige a você? Por seu nome, apelido ou cargo?
Culpa-o por seus problemas ou infelicidade?
Falta continuamente com o respeito?
Retira-se ou retém a atenção ou afetividade?
Não quer cumprir com as necessidades básicas ou utiliza a negligência ou abandono como castigo?
Joga a culpa sobre você ao invés de assumir a responsabilidade por suas ações ou atitudes?
Não se dá conta ou não se importa com como você se sente?
Não mostra empatia ou faz perguntas para obter informação?
Alguém lhe trata não como uma pessoa separada, mas como uma extensão de si mesmos?
Não protege seus limites pessoais e compartilha informação que você não aprova?
Você acha que o melhor para você é simplesmente fazer o que eles pensam?
Demanda contato contínuo e não desenvolveu uma rede de apoio saudável entre seus próprios companheiros?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, comece a pensar na possibilidade de enfrentar de maneira ativa a pessoa que realiza o abuso. Fale sobre o que acontece com pessoas de sua confiança.
Tire a máscara de pessoa amável e compreensiva que ele é para os demais. Finalmente, e mais importante, deixe-se ajudar e ser assessorado por profissionais e desfaça-se do intruso agora mesmo. Ninguém deve pisotear a sua vida.
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Texto original de A Mente é Maravilhosa
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