crítica social

Mario Sergio Cortella nos alerta para a importância de não reproduzir notícias falsas durante uma crise

Em maio, o Brasil vivenciou uma situação histórica. A greve dos caminhoneiros deixou postos, hospitais e supermercados sem abastecimento. Diversas notícias chegaram por aplicativos de mensagens e Facebook, nem todas elas eram verdadeiras ou de fontes confiáveis. Mesmo assim, muitas pessoas as compartilharam.

Pensamos em alguém que talvez consiga falar um pouco sobre esse fenômeno e conscientizar minimamente da importância de não colaborarmos com boatos!

Então, abaixo está uma fala didática do professor de filosofia, Mario Sergio Cortella, sobre o que são as “fake news” e como é útil se proteger delas.

“Uma das coisas mais fortes da tecnologia, é que ela permite uma ampliação da nossa capacidade de conhecimento, organização, e agregação de forças para fazermos uma vida mais decente. No entanto, a tecnologia não é neutra em relação ao seu modo de uso. Hoje a mesma rede social que admite uma expansão das boas práticas e melhores ideias, também admite a presença da patifaria, do desvio, da dissimulação.

Aliás, é assim. O problema não está na tecnologia. Por exemplo, se eu tenho em mãos uma faca e você tem em mãos uma maçã, posso usar essa faca para repartir contigo a maçã. Ou posso tomar a maçã de você com a faca. É claro que a questão não está na faca.

Hoje as falsas notícias estruturadas como estão por parte de alguns grupos que têm nisso o seu modo de conduta na vida coletiva, estas fake news são destrutivas. E só há uma maneira de enfrentá-las.

Antigamente, aparecia uma advertência quando a gente ia atravessar um trilho de trem. Todas as vezes que tinha um presidente que ia passar, um evento, um encontro de pessoas, tinha uma placa.  Que era pare, olhe, escute. Isto é, não caia na armadilha de tomar uma posição nem a favor, nem contrária, antes de ter clareza se aquilo faz sentido, se existem outras fontes de confiabilidade.

As fakes news têm um conteúdo malévolo a medida que  distorcem a nossa consciência, prejudicam nossa ação, e acima de qualquer coisa  deturpam a capacidade de uma convivência que seja sadia.

É preciso parar, olhar e escutar para agir contra as notícias falsas e desmenti-las e debatê-las. Para que a gente tenha cada vez mais “news” e menos “fake”.

Fonte: publicado originalmente em nossa página parceira Psicologias do Brasil.

CONTI outra

As publicações do CONTI outra são desenvolvidas e selecionadas tendo em vista o conteúdo, a delicadeza e a simplicidade na transmissão das informações. Objetivamos a promoção de verdadeiras reflexões e o despertar de sentimentos.

Recent Posts

Agnaldo Rayol falece de forma trágica aos 86 anos e deixa legado na música brasileira

O cantor Agnaldo Rayol, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira, faleceu nesta segunda-feira,…

20 horas ago

Padre causa polêmica ao dizer que usar biquíni é “pecado mortal”

Uma recente declaração de um padre sobre o uso de biquínis gerou um acalorado debate…

20 horas ago

A triste história real por trás da série ‘Os Quatro da Candelária’

A minissérie brasileira que atingiu o primeiro lugar no TOP 10 da Netflix retrata um…

21 horas ago

Você sente “ciúme retroativo”? Ele pode arruinar as relações

O ciúme retroativo é uma forma específica e intensa de ciúme que pode prejudicar seriamente…

3 dias ago

Reese Witherspoon volta à comédia romântica neste filme encantador que conquistou o público da Netflix

Este comédia romântica da Netflix com uma boa dose de charme e algumas cenas memoráveis…

3 dias ago

Dica Netflix: Filme com Chris Evans baseado em um inacreditável caso real vai salvar a sua noite

Baseado em uma história real de tirar o fôlego, este filme de ação estrelado por…

3 dias ago