Por Adriana Vitória
Quando estava grávida da nossa fllha, além de uma fome acima da média, não sentia nada de muito diferente, só uma sensação de que algo que eu não conhecia crescia dentro de mim, um alienígena.
Na verdade, meu questionamento é se era eu uma pessoa apta a desenvolver a maternidade e se era madura o suficiente pra este papel.
Quando estava com pouco mais de seis meses, vi sua carinha gorda e larga pela primeira vez na ultrasonografia e foi então que me dei conta de que havia de fato alguém ali.
Saí e comprei sua primeira roupinha.
Talvez o alienígena fosse eu, afinal de contas, só ouvia contos incríveis de outras mães a respeito da gravidez. Eu, entretanto, só pedia ao universo para que ela fosse uma pessoa com um grande coração, o resto veríamos depois.
Acho um tanto prepotente acharmos que conhecemos nossos filhos. Só conhecemos quem podemos sentir, coisa rara, e muitas vezes, não são nossos filhos.
O fato é que hoje, sou mais do que grata ao universo por ter me enviado uma pessoa que descubro incrível, sensível e que tem tanto pra me ensinar.
Filho não preenche a vida de ninguém, mas com certeza, ter uma pessoa apaixonante ao teu lado, torna o “viver” muito mais feliz.
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