Por que esperar? Se o carinho foi mútuo, a saudade fez morada e o respeito entrelaçou mãos, o certo é nos entregarmos nessa narrativa escrita de coração. Me dê todo o seu amor. Cuido, abraço e transformo cada instante vivido naquele verdadeiro relacionamento que dizem não passar de mera ficção.
Chega de perdemos tempo analisando prós e contras desse sentir intenso do qual fomos arrebatados. Fazer dos beijos um jogo de xadrez é para iniciantes. Quando você aparece, é esse sorriso largo que transparece. Não há o porquê de negar. Quem nos vê, no lugar que seja, sabe que ali residem dois amantes poeticamente recitados por sinceridade. É literatura romântica das mais insurgentes. Contra os padrões, conselhos baratos e manuais proféticos de relacionamentos, navegamos para o nosso lado. Nem mesmo os mais céticos souberam lidar com essa chama entusiasta que sobrepôs-se em nós.
Mas perguntaram, era dia ou noite? Respondemos em aceno. Não havia necessidade de descrever o início dos novos inícios das nossas vidas. Ainda assim, estava tudo escrito. Os olhos ressonantes, apaixonados e entregues falavam por si. Amor não pede cronologia. Amor acontece, em tempos. Segundos, semanas ou uma vida inteira, muitas vezes, amar é sermos capazes de carregar essa fogueira incontrolável, sem dono e altar. É vagar, por você e pelo outro, num caminho inexplorado naquela fresta concebida.
Por que esperar? Estamos aqui, ofegantes, famintos e desejosos por esse querer que não é contemplado todos os dias. Me dê todo o seu amor. Desbravo, permito e protejo-o. Das injúrias malcriadas até os obstáculos vindos de fora, não importa. Me dê, me dê e me dê, todo o nosso amor. Meu. Seu. Nosso. O que importa? Nossas pernas já são homogêneas.