A médica Ludhmila Hajjar, até então era a mais cotada para assumir o cargo do Ministério da Saúde, no lugar de Eduardo Pazuello. Mesmo tendo discurso contrário ao negacionismo do presidente, encontrava respaldo entre parlamentares do Centrão.
Em entrevista à CNN, a cardiologista afirmou para a jornalista Andreia Sadi que recusou o convite para substituir Eduardo Pazuello, ela citou “pontos de divergência com o governo” para justificar a recusa.
Mesmo possuindo a simpatia de congressistas, Hajjar perdeu a preferência de Jair Bolsonaro após ter criticado seu governo no passado recente. Ludhmila Hajjar conversou com o presidente neste domingo, mas não aceitou o convite para assumir o Ministério da Saúde. “Não aceitei”, disse a médica em mensagem de texto.
O nome da médica encontrava apoio entre parlamentares e integrantes do Supremo Tribunal Federal. No domingo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse numa rede social que o enfrentamento da pandemia “exige competência técnica” e “capacidade de diálogo político” e afirmou que enxerga essas qualidades em Ludhmila.
Hajjar, que se encontrou com Bolsonaro no domingo (14) em Brasília, estará de volta ainda hoje (segunda-feira) em São Paulo, onde ela é supervisora da área de Cardio-Oncologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora de cardiologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Depois de ser cotada como a principal para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Eduardo Pazuello, a médica passou a ser alvo de ataques das redes bolsonaristas. Ela defende isolamento social e já disse que não existe tratamento precoce contra a Covid, por exemplo.
A partir disso, o governo cogita outros nomes para o cargo, como o médico Marcelo Queiroga. Ele também já foi indicado para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar e aguarda a sabatina pelo Senado.
Com informações de G1