A partir da fotografia, Kaitlin Burge, uma mãe de Princeton (Texas) queria transmitir os sentimentos de sua filha Audrey, de cinco anos, que convive diretamente com seu irmão Beckett, de quatro, que foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda, em abril de 2018.
Juntamente com a foto em preto e branco em que se vê o menino vomitando enquanto a irmã de cinco anos o acompanha, o apoia e o consola, a mãe postou um texto no Facebook, em forma de declaração.
A leucemia é o tumor maligno mais comum entre os menores de 15 anos na Espanha e representa 25% dos cânceres diagnosticados anualmente, de acordo com a Sociedade Espanhola de Hematologia-Oncologia Pediátrica. Nos Estados Unidos, cerca de 3.500 crianças sofrem da doença a cada ano.
“Uma coisa que não te dizem sobre o câncer na infância é como isso afeta toda a família. Você sempre escuta coisas sobre as questões médicas e econômicas, mas quantas vezes ouvimos sobre os problemas causados por essa doença em famílias com mais filhos?”, pergunta Burge na página criada sobre o filho Beckett. “Para alguns, será muito difícil continuar lendo”, prossegue.
Na mensagem, esta mãe diz que tem dois filhos, com uma diferença de 15 meses um do outro, e conta como deixaram de brincar juntos na escola e em casa para ficar sentados em um quarto frio do hospital: “Minha filha teve que ver como o irmão ia da ambulância para a UTI, como lhe davam remédio, como o ajudavam (…) sem entender o que o irmão estava passando. Mas sabia que algo ruim estava acontecendo com o irmão, com seu melhor amigo”.
Depois de um mês internado no hospital, continua, “viu que o irmão mal podia brincar ou andar […] e ela não entendia por que acontecia tudo isso”.
“Por que decidimos que nossa filha nos acompanhasse ou por que ela teve que ver tudo o que estava acontecendo com o irmãozinho?”, se pergunta Burge em seu próprio post. Para ela, as crianças precisam de apoio e companhia, e não se afastar da pessoa doente: “Ela está sempre com ele, independentemente da situação. Até hoje, agora estão mais próximos. Ela sempre cuida dele”.
A moral da história para essa mãe é: “Vomitar entre as sessões de brincadeira. Ficar e apoiar seu irmão e acariciar suas costas quando ele se sente mal. Passar de 13 quilos para nove. Isso é o câncer infantil. Ou você lida com isso. Ou o abandona.”
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