Após inúmeras denúncias de assédio físico e moral, Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa, pediu exoneração de seu cargo. Apesar de deixar o cargo, Guimarães, amparado pela Lei 12.813/2013, manterá seu salário por mais um semestre. Isso acontecerá, conforme publicado no R7, porque no artigo 6º da norma estipula o período de um semestre para o funcionário, que antes integrava o poder público, trabalhar na mesma área de atuação na iniciativa privada, justamente para evitar conflito de interesses.
Ou seja, com a indenização, Pedro Guimarães, que tinha salário fixo de R$ 56 mil, vai receber ao longo desse período previsto, um montante de R$ 336 mil.
Pedro Guimarães pediu exoneração do cargo após denúncias no Ministério Público de que teria, em inúmeras situações, agido de forma inapropriada. Nos casos, conforme apurado e divulgado pelo portal Metrópoles, as mulheres afirmaram que se sentiram assediadas pelo economista em várias ocasiões, sempre em eventos ou viagens de trabalho. Há denúncias de aproximação física e toques indesejados. As investidas teriam ocorrido especialmente em eventos do Caixa Mais Brasil, programa criado pelo executivo para dar visibilidade à Caixa em todo o país.
Fontes ouvidas pelo R7 no MPF confirmaram a investigação e afirmaram que as diligências estão sendo feitas sob sigilo na Procuradoria da República no Distrito Federal, já que o economista não tem foro privilegiado. A presidente do TCU, Ana Arraes, já confirmou a investigação da entidade sobre os mecanismos da Caixa para combater esse tipo de assédio.
Com informações de R7
Imagem de capa: ADRIANO MACHADO/REUTERS – 22.11.2018
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