O diagnóstico precoce e um pronto tratamento são fundamentais para evitar as graves complicações que o diabetes tem em suas etapas mais avançadas. Uma má dieta, o sobrepeso e a obesidade, e naturalmente o sedentarismo, são os principais fatores que levam uma pessoa a desenvolver diabetes.
Conversamos com o endocrinologista Diego Fernández, diretor do grupo 2.0 da Sociedade Espanhola de Diabetes (SED) para conhecer melhor os sinais a que devemos estar atentos para prevenir ou, pelo menos, diagnosticar a doença a tempo.
“O diabetes não dói. Seus sintomas passam frequentemente despercebidos porque o paciente, em muitos casos, nem mesmo os conhece. A grande maioria dos diabéticos descobre sua doença quando vai ao médico por outros motivos”, diz.
Mesmo assim, nosso corpo nos oferece várias pistas. Se você possui algum familiar direto com diabetes, se sua alimentação não é adequada, se tiver sobrepeso ou obesidade e se quase não pratica atividades físicas, fique atento aos seguintes sinais:
O termo científico é poliúria, e o doutor Fernández nos explica que é um dos sintomas mais característicos do diabetes. “Quando nosso sangue possui uma alta concentração de açúcar, nosso organismo procura maneiras de eliminar o excesso. Tenta aliviá-lo por meio dos rins, o que faz urinarmos mais e de maneira mais frequente”.
Esse sintoma é visível sobretudo durante a noite (nictúria) e pode até mesmo afetar a nossa capacidade de descanso. Se você acha que vai ao banheiro mais do que o normal, consulte um médico para saber os motivos.
Nosso organismo, para compensar a perda de líquidos pelo excesso de urina, ativa o alerta de sede. “É o efeito de nosso metabolismo tentando corrigir o primeiro desajuste” recorda o especialista. É um círculo baseado em nossa própria fisiologia: o metabolismo trata o açúcar diluindo-o em água, por isso quanto mais açúcar tivermos no sangue, mais água precisaremos e, obviamente, teremos de ir mais vezes ao banheiro para eliminá-la.
Tratar essa sede com bebidas açucaradas, gaseificadas, batidas ou mesmo sucos engarrafados é desaconselhável e só colocará mais glicose em nossa corrente sanguínea, iniciando novamente todo o processo.
Pode parecer irônico que uma patologia como o diabetes, associada a uma alimentação inadequada e à obesidade, tenha como sintoma a perda de peso. No entanto, como explica o doutor Fernández, “quando você tem uma taxa de açúcar muito alta, a insulina se torna insuficiente ou não funciona como deveria e essa situação obriga seu organismo a procurar as reservas de gordura para obter a energia de que necessita”.
A insulina é um hormônio produzido no pâncreas que tem como principal missão aproveitar os nutrientes de que o corpo necessita, especialmente a biossíntese de glicose. Essa perda de peso é um sintoma característico do diabetes na infância.
A sensação de falta de energia é um sinal muito comum em todos os tipos de diabetes, especialmente no tipo 2. Nesse sintoma entram em jogo vários fatores que fazem seu corpo, apesar do pouco exercício físico, sentir-se cansado e sem força.
Em primeiro lugar, e como consequência dos pontos explicados acima, seu organismo está constantemente desidratado. Administrar o excesso de açúcar requer grande quantidade de água e energia, que o metabolismo desvia para realizar essas funções internas, sobrando menos para outras tarefas diárias.
Além disso, seu excesso de açúcar está fazendo suas células receberem menos alimento. Pode soar paradoxal se levarmos em conta que a glicose é a principal fonte de energia de nossas células, mas “é preciso recordar que a responsável por administrar essa entrada de energia é precisamente a insulina”, aponta o doutor Fernández, que recentemente participou da apresentação de um aplicativo de acompanhamento para diabéticos e familiares chamado LibreLink. Quando o teor de açúcar é excessivo, a insulina não administra adequadamente o combustível interno de que nosso organismo necessita e surge o cansaço injustificado.
“O diabetes é fundamentalmente uma doença cardiovascular”, lembra o especialista. “Portanto seus problemas mais sérios estão relacionados à vascularização, seja nos grandes vasos (por isso existe maior risco de infartos e AVCs) ou nos vasos menores, que se encarregam de cicatrizar pequenos cortes e feridas”. Além disso, acrescenta o especialista, “também acarreta maior perigo de contaminação e infecção”.
“Não se devem ao açúcar em si, mas a complicações na vascularização”, esclarece Fernández. Conhecidas como neuropatias, são muito características do diabetes (sobretudo à medida que a doença avança) e se sabe que uma alta porcentagem de diabéticos desenvolverá problemas no sistema nervoso ao longo da vida.
Nas primeiras etapas da doença, níveis excessivos de açúcar em sangue podem produzir danos leves nos nervos periféricos, o que se traduz em pontadas, ardência, formigamento ou inchaço das extremidades. Se você sente isso com frequência, talvez esteja na hora de consultar seu médico.
Para tranquilizar o leitor, diremos que nas primeiras etapas não se trata da grave retinopatia diabética que pode levar à cegueira. “Na fase inicial, serão apenas momentos de visão borrada, como se precisássemos de óculos”, esclarece o médico. “O alto nível de açúcar no sangue também afeta o sistema visual e suas conexões”.
O excesso de açúcar pode, ainda, causar inflamação do cristalino, uma estrutura que funciona como uma lente e que, ao mudar de forma, pode alterar nossa capacidade de focar os objetos e, portanto, deixar nossa visão turva.
As recomendações para prevenir o diabetes mellitus são simples. Uma alimentação saudável, pobre em açúcares e carboidratos, e uma atividade física adequada (30 minutos de exercícios por dia) podem poupá-lo de muitos problemas no futuro. Retomando o slogan deste Dia Mundial do diabetes, fique de olho: se tiver familiares diabéticos, obesidade, sobrepeso, colesterol alto ou hipertensão e começar a notar algum dos sintomas descritos neste artigo, marque uma consulta com seu médico. Talvez você tenha diabetes e não saiba.
Fonte: El País
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