JORNALISMO

Mirtes, mãe do menino Miguel, irá cursar direito com a intenção de ajudar aqueles que precisam

A vida nem sempre trata a todos com gentileza. Muitas pessoas são surpreendidas em suas jornadas com duros baques, daqueles que podem fazer alguém cair e jamais se levantar, como, por exemplo, a perda precoce de um filho muito amado. Como seguir em frente depois de uma tragédia dessas?

É justamente lidando com a dor inimaginável de perder um filho que a empregada doméstica Mirtes Souza decidiu reunir forças e perseguir um nobre propósito. A mãe do menino Miguel Otávio, de 5 anos, que faleceu após cair do nono andar de um prédio de luxo na área central do Recife, anunciou que irá cursar direito a partir do próximo ano. Seu objetivo é prestar o necessário auxílio às pessoas que sofrem qualquer tipo de injustiça.

A notícia foi confirmada pela própria Mirtes ao site JC – um dia depois de ela ter recebido uma homenagem no Prêmio Viva 2020, parceria entre a Marie Claire e o Instituto Avon. O evento ocorreu em São Paulo, nesta segunda-feira (23). Duarnte as homenagens, ela mais uma vez pediu por justiça.

“Espero que vocês amem mais ao próximo, cuidem mais dos seus filhos, deem mais atenção a eles. Por conta de 58 segundos eu perdi meu neguinho. Estou seguindo com um único pedido: justiça por Miguel”, declarou na cerimônia.

Miguel Otávio, filho de Mirtes Souza, faleceu na tarde de 02 de junho deste ano após subir sozinho no elevador e cair do nono andar do Edifício Píer Maurício de Nassau, no bairro de São José, em Recife. Na ocasião, ele estava sob cuidados da patroa da mãe, Sarí Corte Real.

No próximo dia 03 de dezembro acontece a audiência de instrução e julgamento do Caso Miguel, na 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital, no bairro da Boa Vista. Testemunhas de acusação e de defesa serão ouvidas em juízo sobre a morte do garoto. Sarí Corte Real, que responde em liberdade pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte, também prestará depoimento. A ré terá o direito de ficar em silêncio.

Finalizada esta etapa, acusação e defesa vão apresentar as alegações finais. O prazo é de até dez dias a partir da notificação. Por fim, o juiz da 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital dará a sentença. Se Sarí for condenada, a pena pode chegar a 12 anos de prisão.

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Redação Conti Outra, com informações de JC.
Foto destacada: DAY SANTOS/JC IIMAGEM.

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