Você já tentou muitas vezes, sei bem. Entregou tudo o que tinha de melhor para tantos amores, que até se esqueceu como começar de novo. Mas você não tem culpa das histórias que terminaram. É tempo de seguir em frente e de acreditar no que você merece. Moça, não duvide da sua capacidade de amar novamente.
A gente só sabe se vai ser amor – mais uma vez, quando entendemos mais de nós. Quando, depois de um tempo, permitimos que o coração não fique seco, ranzinza e descrente. Dá um trabalhão, verdade. O que é quebrado hoje não ficará novinho em folha no dia seguinte. Leva uns desencontros reencontrar uma estabilidade, uma paz para ser vivida a dois. Mas tudo bem. Tudo bem mesmo. Você precisa aceitar que não adianta se cobrar tanto. Primeiro porque amor forçado é carência e posse. E segundo, porque você é muito mais do que todos os outros abraços que não ficaram. Acalma essa alma. Não tenha pressa para morrer de amor. Mas seja urgente para vivê-lo dentro de você.
Cuide dos seus sentimentos com calma e paciência. Existem amores para todos, inclusive para você. Os que já vieram, permaneceram o quanto puderam. Deixaram pedaços e espaços para que aprendesse mais sobre si. Nada disso foi em vão. Nada disso foi por acaso.
Moça, não duvide da sua capacidade de amar novamente. Não desista de provar sorrisos e beijos intensos. Não fique sentada esperando qualquer amor aparecer. Inclua, na sua rotina diária, novos verbos e adjetivos. Moça, você é capaz de tudo – mas que seja amar no seu presente, para depois chegar no futuro do outro.
Imagem de capa: Amar não Tem Preço (2006) – Dir. Pierre Salvadori
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