Por Nara Rúbia Ribeiro e Josie Conti

Realizamos uma pergunta aberta aos fãs de Mia Couto nas páginas do Facebook Mia Couto Oficial e CONTI outra, artes e afins:

Diga-me, por gentileza, por qual razão você ama ler Mia Couto?

Abaixo vocês encontrarão algumas das respostas que selecionamos. Será que elas contemplam também os seus sentimentos? Confiram.

1-Amo Mia Couto por seu amor à sua terra e à língua portuguesa, que ele maneja, com criatividade, reinventando-a. Suas histórias fascinam-me. Gosto de Histórias Abensonhadas. Olha o título saboroso! Miriam Grossman Menascé

2-Amo ler Mia Couto, ponto final. Alás, eu releio vezes sem conta. A Língua Portuguesa, ganhou com Ele milhares de palavras registradas em dicionário. Ele nos coloca com seus livros, em salas de cinema de longas metragens. As imagens e sentimentos são duma profundidade tal, que, conseguimos ver projetadas todas as cenas por ele descritas. Tocamos nos sentidos, nas emoções e na alma. Para mim é simplesmente o maior poeta Africano. Sou muito grata por poder lê-lo.
Bem haja! Liz Neto

3-Por ser genuíno ao elevar seu povo e apresentar as mazelas que outros nem olham. Ilsa Maria Barros Terraciano 

4- Porque a alma humana em toda a sua dimensão transborda em forma de poesia. Elizabeth Oliveira 

5-Porque ela me faz viajar, sentir nas palavras algo grandioso, dolorido e ao mesmo tempo, colorido e intenso. Ninguém escreve como ele! Márcia Milani 

6- Pelas palavras que inventa e fazem tanto sentido..Carla Barata 

7- Porque é completa em um minifúndio onde amiúde as publicações são efêmeras. Diferenciada seria um adjetivo mínimo, mas concreto. Luiz Paulo Sousa 

8- Traduzir em palavras poéticas o simbolismo oculto nos cultos e ritos sociais. Josie Conti

 9- Porque me abre os olhos da consciência…Gracinha Siqueira

10-Ele empresta poesia à dor cotidiana de seu povo.
Ele dá voz aos que a vida fez silentes.
Ele retoca a prosa como quem recolore o preto e branco de monotonia
dos dias.
Ele brinca com as palavras em estado de infância.
Nele, o fantástico tem chão de lua e um inusitado brota das estrias da terra.
Ele faz pedra parecer clarão e a lágrima ganha contornos de oceano.
Ele sabe onde a minha alma se esconde e se acoberta e bem a desnuda.
Nele, a língua é se verga, arqueia, estua
A palavra surge, como quem flutua.
Nara Rúbia Ribeiro

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Nara Rúbia Ribeiro

Escritora, advogada e professora universitária.

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Nara Rúbia Ribeiro
Tags: Mia Couto

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