Aos 30 anos de idade, Jessica descobriu que o homem que ela acreditava ser seu pai, na verdade, não é seu pai biológico. Segundo a família, houve um erro por parte do hospital no processo de inseminação artificial, que só foi descoberto recentemente, depois que a família realizou um teste de DNA para fazer um mapeamento genético familiar.
Jeanine e John “Mike” Harvey, que estão movendo uma ação contra o hospital, relatam que há 30 anos procuraram o Centro de fertilização in vitro no Akron City Hospital, também conhecido como Summa Health System, localizado em Ohio (EUA), com a intenção de encontrar profissionais que os ajudassem a ter um filho. “Nosso objetivo não poderia ter sido mais claro. Queríamos uma criança geneticamente relacionada a nós dois”, disse Jeanine Harvey em uma entrevista coletiva realizada na última quarta-feira, 02.
Jeanine diz ter concordado em fazer uma inseminação intrauterina, mas as coisas não saíram como ela planejava. “Sem nosso conhecimento, o médico usou o esperma de um estranho e não do meu marido”, revelou a mãe. “Eu engravidei e nossa filha Jessica nasceu em 1992. Garotas em nossa família eram muito raras, então estávamos tão animados”, recordou.
Quando Jessica já tinha trinta anos, Jeanine e Mike decidiram pedir um teste de DNA em 2020 antes de uma viagem até a Europa. A ideia era apenas mepear os antepassados da família. “Que legal, pensamos, seria para nos conectarmos com parentes distantes nos países que poderíamos visitar”, disse Jessica. “Meus pais nos deram kits de DNA Ancestry (teste de ancestralidade) como presentes de Natal e, desde então, nossas vidas nunca mais foram as mesmas”, desabafou.
O teste de DNA revelou que Mike não era o pai biológico de Jessica. Ou seja, Jeanine havia engravidado com o esperma de outro homem. “Revelou um trauma que eu nunca poderia ter imaginado. Foi preciso cada grama de poder para permanecer forte para minha família e para mim enquanto tentamos seguir em frente. Mike é meu marido, Jessica é minha filha e não há teste de DNA que mude isso”, desabafou Jeanine.
O advogado da família, Adam Wolf, contou que tanto a clínica como o médico já são alvo de outros processos devido a diversos tipos de negligência, principalmente pela falha na proteção de material genético.
A família não divulgou o valor da compensação financeira que estão buscando na JUstiça, mas frisaram que a decisão de compartilhar sua história se baseia na esperança de que possam mudar a maneira como as clínicas de fertilidade são regulamentadas e operam. “Eu gostaria de infligir algumas mudanças sérias”, disse Jessica. “Toda mudança começa com alguém por algum motivo – se esta é a situação que causa essa mudança, eu sou totalmente a favor. Mas os regulamentos precisam mudar. O treinamento… Algo precisa mudar. Isso não pode acontecer em 2022. Não podemos ter esse problema”, ressaltou.
Segundo Jessica, a descoberta trouxe também a preocupação com seu histórico médico. Ela diz que começou a tentar descobrir quem é seu pai biológico. Primeiro, tentou encontrá-lo através do aplicativo da empresa que fornece os testes de DNA a partir das pessoas que poderiam estar relacionadas com ela e depois fez pesquisas nas redes sociais e fez alguns contatos. Depois de um tempo, ela finalmente descobriu quem era seu pai biológico e fez contato com ele.
Segundo os advogados da família Harvey, os testes de laboratório comprovam que de fato esse homem é o pai de Jessica, com 99,99% de certeza. Ele e sua ex-esposa também confirmaram que passaram por tratamentos de fertilidade na mesma instalação durante o mesmo período que os Harveys.
Jessica relembrou seu primeiro contato com seu pai biológico. ‘Eu disse ‘não quero sassustá-lo, mas eu acho que você pode ser meu pai biológico’. E as palavras exatas dele foram: ‘Não estou assustado. Esta é uma ótima notícia. Passei a vida inteira pensando que não tenho filhos e isso é uma ótima notícia. Tenho uma filha'”, contou Jessica. “Absolutamente solidário, ele me ajudou com todas as perguntas que eu tinha. Ele já me deu um pouco do histórico médico do seu lado da família para me fazer sentir mais confortável”, afirmou.
Até o momento, Jessica e seu pai biológico apenas trocam mensagem em datas comemorativas, no entanto, ela está disposta a conhecer outros membros de sua família biológica. “Eu sei que não estamos sozinhos em nossa dor. Muitas outras famílias passaram pelo mesmo tipo de circunstâncias inimagináveis, foram forçadas a juntar os pedaços de suas vidas”, desabafou Jessica. “Não é justo com eles, assim como não é justo com minha família e eu… Isso tem que parar”, pontuou.
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Redação Conti Outra, com informações de Crescer.
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