Talvez um dos maiores problemas do mundo hoje seja a pouca visibilidade e reconhecimento às culturas indígenas. Com o avanço da sociedade moderna estamos perdendo as raízes e a preocupação com as culturas que foram a base da civilização humana, assim como perdemos o contato com a natureza.
Nemonte Nenquimo é uma mulher de 33 anos que acaba de ganhar o equivalente a um Prêmio Nobel por cuidar e proteger a floresta amazônica, ela é Waorani, parte de uma tribo indígena no leste do Equador, e desde pequena se destaca por sua nobre batalha a favor do meio ambiente, afinal sem ele, muitos indígenas não teriam direitos reconhecidos no Equador.
O prêmio ambiental Goldman 2020 é apenas a continuação de uma carreira de auto sacrifício em reconhecimento à sua tribo. Este é o maior reconhecimento que poderia ser dado aos defensores da natureza no mundo.
Nemonte ou “Nemo” como é conhecida, tem se destacado enormemente entre seu povo e se tornado muito respeitada, após em 2019 vencer uma ação judicial contra o Estado do Equador evitando a exploração de poços de petróleo no setor amazônico.
Graças a isso, foi estabelecido o precedente para o reconhecimento dos direitos indígenas, no qual foram estabelecidos, pela primeira vez, limites para a exploração de territórios vitais para a natureza e os povos.
“Represento milhões de indígenas que lutam pela natureza. Se eles me reconhecem, estão reconhecendo a todos nós”, revela Nemonte Nenquimo para Mongabay Latam.
Nemonte iniciou seu ativismo muito jovem, quando a petroleira Texaco , hoje Chevron, começou a explorar a floresta amazônica em busca de matéria-prima. Centenas de milhares de hectares foram comprometidos, a tal ponto que os Waoranis não podem mais pescar por causa contaminação por óleo.
Diante dessa injustiça, Nemonte criou a Fundação Ceibo com o objetivo de garantir o acesso à água potável para as comunidades ribeirinhas, além da instalação de painéis solares para geração e uso de energia limpa.
Nemonte é considerada hoje uma das 100 mulheres mais influentes de 2020, segundo a revista Time, o que significa um grande avanço para o reconhecimento de seu povo e da Amazônia como o pulmão do planeta.
Com informações de UPSOCL
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