Uma mulher de 64 anos sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau após realizar um peeling de fenol em Curitiba, no Paraná. A Polícia Civil está investigando a esteticista responsável, que se identificou como biomédica, mas que, segundo a investigação, não possui a formação necessária.
Segundo o G1, o procedimento ocorreu em 25 de maio. Após a intervenção, a paciente começou a sentir dores intensas e, 11 dias depois, foi hospitalizada devido à gravidade das queimaduras, necessitando passar por uma intervenção cirúrgica para tratar a pele do rosto.
De acordo com a delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, a profissional não forneceu as orientações adequadas para a paciente após o procedimento. “Por diversas ocasiões, após o procedimento, a vítima e os familiares questionaram a profissional sobre a necessidade de assistência médica, a qual teria afirmado que as dores eram normais e apenas recomendou a aplicação de uma pomada no rosto”, afirmou a delegada.
A polícia também descobriu que a esteticista não tem formação em biomedicina, como havia afirmado à paciente. Diante disso, a profissional está sendo investigada pelos crimes de lesão corporal, exercício ilegal da medicina e uso de produto falsificado destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
O nome dos envolvidos não foi divulgado. A investigação continua em andamento para apurar todos os detalhes do caso e responsabilizar a profissional pelas consequências do procedimento inadequado.
Orientações para procedimentos estéticos
Especialistas alertam sobre a importância de verificar as qualificações dos profissionais antes de realizar qualquer procedimento estético. Intervenções como o peeling de fenol devem ser feitas por médicos especializados, devido aos riscos envolvidos e à necessidade de monitoramento adequado pós-procedimento.
Este caso ressalta a necessidade de regulamentação e fiscalização rigorosa para garantir a segurança dos pacientes e evitar que tragédias como esta se repitam.
