Já diz a sabedoria popular: Quem espalha o bem, recebe em dobro. E quem comprova essa máxima é um grupo de mulheres de diferentes idades, que há seis anos se reúne em Paulínia (SP) para fabricar brinquedos de pano que são posteriormente doados a crianças que passam por momentos difíceis e precisam de uma alegria. E a união dessas mulheres foi capaz de criar uma rede do bem, em que todos são beneficiados, quem recebe, e quem doa.
As bonecas e bichinhos de pano confeccionadas pelas mulheres de Paulínia têm alegrado muitas crianças ao longo dos seis anos do projeto “Joelhos de Pano”. É o caso da pequena Daiane, de 7 anos, que está internada na ala pediátrica do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, e vibrou ao ganhar uma boneca. O semblante abatido pelas horas de leito e a medicação onipresente, desaparecem com o raiar do sorriso. “Ela tem o cabelo igual ao meu”, disse a menina ao portal G1.
Do outro lado desta rede do bem está Alice Pezzutti, de 54 anos, uma das voluntárias do projeto. Ela chegou no grupo há três anos, quando ainda lidava com o luto. Em 2011, no intervalo de sete meses, perdeu o marido de um ataque no coração e depois o único filho, de 25 anos, em um acidente.
“Aqui vi que o que estamos fazendo vai levar alegria às pessoas. E por mais triste que você esteja, isso te incentiva. Me vi como exemplo. Fazer o trabalho voluntário trouxe um sossego para o coração, serviu como superação”, conta Alice.
Uma das criadoras do projeto, Elisandra Bueno, de 37 anos, falou sobre a poderosa sinergia entre as mulheres que se unem para espalhar o bem: “Com o tempo virou um grupo de arteterapia, de recuperação conjunta. Além do retorno das crianças que recebem os brinquedos, nos ajudamos. Se tem alguém passando uma dificuldade, compartilhamos isso, no grupo e fora daqui”.
As voluntárias do projeto “Joelhos de Pano” produzem, em média, 50 bonecas ou brinquedos a cada três reuniões. Além de atender pedidos de doações, que chegam pela rede social do grupo, o Joelhos de Pano vende brinquedos para financiar o projeto.
Boas ações são sempre vias de mão dupla. Que tal seguir o exemplo das mulheres de Paulínia e juntar a sua comunidade para espalhar o bem?
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Imagem de capa: Daiane, de 7 anos, sorri ao receber boneca de pano no HC da Unicamp — Foto: Fernando Evans/G1. Com informações da matéria de G1
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