Há alguns anos, a Nova Zelândia deu um significativo primeiro passo no combate à crueldade contra os animais. O País das Oceanias considerou legalmente algo que a maioria de nós já sabe, os animais não-humanos são perfeitamente capazes de sentir sensações e sentimentos de forma consciente. Ou seja, eles também sentem e sofrem.
A iniciativa representa uma importante mudança na opinião pública, que anteriormente considerava que apenas alguns animais deveriam ser protegidos por lei.
A Nova Zelândia é um dos países que mais avança em práticas de proteção aos animais. Um exemplo disso é que ativistas veganos têm colocado adesivos em bandejas de carne em supermercados do país, destacando que a embalagem contém partes do corpo de alguém que não queria perder a vida.
Como reflexo dessa efervescência, as críticas da indústria da carne também têm crescido em oposição a tais práticas. E como os adesivos são facilmente removíveis, a polícia até hoje não reagiu mal às intervenções, embora não tenha faltado pressão por parte dos representantes da indústria da carne.
Em outubro do ano passado, uma pesquisa conduzida e divulgada pela organização neozelandesa Food Frontier e pela indústria alimentícia Life Health Foods revelou que 34% da população da Nova Zelândia está reduzindo ou abdicando do consumo de carne. Considerado um percentual bem significativo, o estudo se baseou em entrevistas com 1.107 pessoas.
Outra prática de bem-estar animal que chama a atenção na Nova Zelândia acontece desde 2018. Em vez de permitir que os animais usados em laboratórios tenham suas vidas interrompidas após o fim dos experimentos, o país está adotando uma política de dar um novo lar aos animais usados em pesquisas. A iniciativa tem chamado a atenção, considerando que o destino comum dos animais usados em testes e em vivissecção é o óbito, mesmo quando eles sobrevivem às experiências.
A iniciativa partiu da Sociedade Anti-Vivissecção da Nova Zelândia (NZAVS) e da Helping You Help Animals (HUHA), que recentemente criaram uma petição intitulada “Out of the Labs”, ou seja, “Fora dos Laboratórios”, na tentativa de impedir que os animais sejam descartados quando passam a ser considerados “inúteis” para os laboratórios de pesquisa.
Mesmo todas essas iniciativas da Nova Zelândia ainda não são o suficiente para garantir que nenhum animal seja maltratado no país, mas já é um belíssimo primeiro passo.
Desejamos sinceramente que um dia o mundo todo desperte para a importância de proteger os animais contra a crueldade humana, afinal, eles sentem e sofrem como nós!
Que tal um vídeo para refletirmos sobre isso?
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Imagem de capa meramente ilustrativa: reprodução Youtube