Talvez isso já tenha até ficado óbvio demais, mas é provável que ainda não tenha sido levado tão a sério. Ou talvez sejam as pressões, surpresas e desencontros os responsáveis por esquecermos que a vida é mesmo assim. Nela, nada é definitivo. Nem a tempestade nem a bonança são eternas.
Quiséramos nós que as alegrias fossem permanentes. Quiséramos! Seria magnífico se o passar dos dias não fosse deixando as pequenas alegrias para trás; muito menos as grandes. Ou quiséramos nós que as tristezas durassem apenas uma noite. Certamente adoraríamos poder acordar na manhã seguinte e saber que nossas tempestades internas foram apenas isso e que desaparecerão sem deixar maiores estragos.
Mas é possível que a vida não alcançasse a mesma importância se fosse assim. Ou a mesma graça. Não lutaríamos tanto para fazer acontecer, se a alegria ficasse ali, todos os dias; certamente nos daríamos por satisfeitos e completos, sem precisar de muito. Do mesmo modo, não teríamos força para seguir em frente, se tudo se resumisse em dores que não tivessem a possibilidade de serem superadas.
A vida é uma mescla, feita de felicidade e de dificuldades. É feita de dúvidas, tropeços e arranhões, mas também é preenchida por conquistas, descobertas e realizações. É certo que nem sempre é 50 a 50, que as porcentagens de um e de outro nem sempre são equivalentes. Não há uma escala perfeita; a vida não segue um plano básico para todos, e o bom e o mal não se intercalam assim, pura e simplesmente.
Em algumas ocasiões, as durezas nos enfraquecem e nos deixam sem rumo. É difícil levantar e seguir, quando as dores se derramam sobre nossas vidas. Para esses momentos é que se torna indispensável lembrar de que “nada dura para sempre, nem as dores, nem as alegrias. Tudo na vida é aprendizado. Tudo na vida se supera.” (Caio Fernando Abreu).
Algumas pessoas não se lembram de que as alegrias não são permanentes. A expressão tudo passa define perfeitamente o que a vida tenta, com muito custo, nos ensinar. Há quem viva na soberba por se sentir por cima, sem a consciência de que um dia viverá alguns “baixos” e que muito provavelmente não estará preparado o suficiente para lidar com isso. Tudo isso pelo simples fato de nunca ter admitido essa possibilidade. De outra forma, há quem viva de cabeça baixa e ombros curvados porque não consegue ver a luz no fim do seu túnel de problemas. Para os dois casos, é necessário ter em mente que tudo muda, que nada é permanente, que não há bem ou mal que durem para sempre.
É sensatez não esperar que a vida seja previsível, porque ela nunca será; é sabedoria não desanimar diante das derrotas, dificuldades, erros ou decepções. A dor pode nos tirar dos eixos por um tempo, mas ela coloca nossas vidas em um outro patamar, na medida em que nos ensina e nos torna mais fortes e resistentes.
A vida é, de fato, uma roda gigante, com a eterna missão de desafiar nossa capacidade de nos tornarmos flexíveis ao seu movimento. Alguns baixos sempre existirão, é verdade, e isso não se pode evitar. Mas quando em cima, a vista sempre será bonita e prazerosa.
A vida é um fluxo surpreendente, deixemos ela se agitar. Sem medos nem amarras, sigamos. Afinal, nada dura para sempre. Nada durará!
***
Photo by Tobi from Pexels
Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…
É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.
Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.
Como estudantes, muitas vezes nos deparamos com imagens de texto que talvez precisemos incluir em…
O poema "Ozymandias", escrito por Percy Shelley em 1818, traz à tona reflexões sobre a…
Um filme que pode ser visto por toda a família e que toca o coração…