Quantas sobras e metades você foi até aqui? E quantas despedidas e amores aconteceram desde então? É fácil pensar que o tempo é ilimitado. Que quando tiver vontade, tudo será possível. Não é bem assim. O presente tem valor quando você cuida, ama e aproveita.
Permita o agora. Dê importância para simples gestos e para oportunidades de conhecer algo ou alguém além do próprio universo. Manter o coração fechado só afasta você de você. É a partir da excitação de se conhecer melhor que belezas podem ser apreciadas. Um dia, um gole e um sabor. Pequenos momentos geram grandes instantes.
Faça as pazes com a solidão, ela não é uma inimiga. Escolher muito de si é o tipo de coragem que não está à venda. Porque mesmo compartilhando afetos – todos necessários, é reservando alguns silêncios para um que torna estar a dois fogos de artifício, no melhor sentido amor.
Encontre paz sem mais atrasos. Desculpas por ausências não fazem do depois mais legítimo. Talvez seja confortável segurar com as duas mãos essa história de não ter plenitude, conforto e privacidade, mas é preciso romper velhos costumes. Tranquilidade, quase sempre, tem a ver com sinceridade. Principalmente aquela onde você olha para dentro e aceita e entende.
Não se preocupe, a verdade chega sorrindo todos os dias pela manhã. Logo, aperte o passo. Erga os sentimentos que você carrega e desfrute dos caminhos propostos. Tenha calma, mas presença. Tenha respeito e gentileza. Em outras palavras, não deixe no passado o futuro que você pode ser hoje.
Imagem de capa: A Igualdade é Branca (1994) – Dir. Krzysztof Kieślowski
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