Não é preciso encostar a mão na pessoa para violentá-la. O que se diz, como se age, a forma como se trata alguém pode machucar bem mais do que um tapa.
Hoje, já se discute a violência psicológica, velada, tão covarde quanto a explícita e com a mesma capacidade de deixar danos indeléveis em quem a recebe. Mesmo que não nos deixe marcas pelo corpo, a violência subjetiva, presente nas atitudes com que se trata o outro, imprime também marcas que não se veem, mas que machucam a alma.
As pessoas têm que entender que a forma como se diz algo pode ser mais agressiva do que o que se está dizendo. Existem maneiras e maneiras de conversar, sendo a violência verbal a menos indicada, seja qual for o momento, seja com quem estivermos falando. Não se trata de melindre ou de ficar ofendido sem razão, mas de se ter o direito de ser tratado com respeito.
Não são poucos os relatos de abusos cometidos contra o cônjuge, por exemplo, por anos e anos, através de falas agressivas e intimidadoras, subjugando o outro sob discursos que diminuem a dignidade alheia sem dó, tolhendo-lhe a capacidade de se sentir alguém merecedor de valor. Pratica-se, assim, uma tortura psicológica diária que mina os nervos e abala o emocional de maneira cruel e injusta.
Casos semelhantes ocorrem entre pais e filhos, patrões e empregados, entre amigos, com uma frequência maior do que se esperava. Embora muitos tentem culpar a própria vítima, como se alguém se sujeitasse de bom grado à agressividade alheia, fato é que a violência psicológica, infelizmente, tem o poder de isentar a vítima, pouco a pouco, do comando sobre si mesma. Ela se acha, afinal, cada vez menos digna de contrariar o agressor, tamanho é o estrago emocional que acumula dentro de si.
Como se vê, não é preciso encostar a mão na pessoa para violentá-la. O que se diz, como se age, a forma como se trata alguém pode machucar bem mais do que um tapa. Ninguém tem o direito de humilhar o outro, porque todos merecemos ser tratados como seres humanos. Caso esteja descontente com alguém, tenha a decência de explicar-lhe com educação e, se não houver mais jeito, afaste-se. Só não fique por perto agredindo covardemente, pois violência não se justifica, nunca se justificará.
Imagem de capa: Roman Kosolapov/shutterstock
Se você é fã de comédias românticas que fogem do óbvio, “O Casamento do Meu…
Uma história impactante e profundamente emocionante que tem feito muitas pessoas reavaliarem os prórios conceitos.
Um filme charmoso e devertido para te fazer relaxar no sofá e esquecer dos problemas.
O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o filme Ainda Estou Aqui,…
A produção, que conta com 8 episódios primorosos, já é uma das 10 mais vistas…
A Abracine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) considera este um dos 50 melhores filmes…