Que amar é um ato de coragem todos sabem, mas que está cheio de falsos corajosos, usando máscaras de apaixonados, poucos.
Infelizmente, os relacionamentos que sempre acreditávamos ser vividos por pessoas corajosas e sinceras, estão minados por pessoas covardes, maldosas e dissimuladas que, para satisfazerem a vaidade do próprio ego, brincam com o sentimento alheio como quem brinca de lego.
Pessoas covardes nunca assumem um posicionamento diante de um conflito pessoal ou profissional. Utilizam-se da desculpa do “bom relacionamento” para jogar dos dois lados e para se manterem em suas zonas de conforto, sejam elas profissionais, sociais ou sentimentais.
Pessoas covardes jogam sujo. Não falam com você, mas falam de você o tempo todo. Julgam suas lutas, suas escolhas, sua vida, mas, nunca enfrentaram uma tempestade ao seu lado.
Pessoas covardes não assumem relacionamentos, com a desculpa de “relacionamentos escondidos duram mais” nunca estão disponíveis, nem prontas para algo sério.
Com desculpas esfarrapadas e pouca criatividade, não dispensam um encontro casual e um romance escondido, desde que não tenha que colocar uma aliança e apresentar o outro como parceiro de vida. Alegam incompatibilidade de gênios, colocam a culpa nos astros, na ex-namorada, no ex-parceiro, na mãe, na parteira, na “química”. Mas, nunca assumem a culpa da incapacidade de amar. Como definiria Sarah Westphal: “sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz”.
Gente corajosa é sincera. Diz “que não dá mais” com motivos certos, respeitando a dor e o sofrimento do outro. Pessoas covardes, não. Manipulam seus parceiros, até os mesmos se sentirem culpados de erros que não cometeram, apenas para terem motivos para “desaparecem” no meio da história.
Por sorte pessoas covardes não são a maioria e, a vida, acontece com os transparentes e verdadeiros. Dessas que assumem as conseqüências de seus atos e que permitem que o amor e o respeito prevaleçam na relação.
Pessoas corajosas dão cor à vida. Deixam o amor leve, engraçado, bonito. Confirmando a definição perfeita de Zygmunt Bauman: “sem humildade e coragem não há amor. Essas duas qualidades são exigidas, em escalas enormes e contínuas, quando se ingressa numa terra inexplorada e não-mapeada. E é a esse território que o amor conduz ao se instalar entre dois ou mais seres humanos”.
Que, em nossas vidas, os covardes sejam passageiros e os corajosos eternos. Que sejamos inteligentes para aprender com quem parte e sensíveis para valorizar quem fica. Afinal, “Amar é um ato de coragem”. (Paulo Freire)
Imagem de capa: farfalla81/shutterstock
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