O pequenino nasceu com apenas 89 gramas e já é uma estrela! Ele é o 50º exemplar a nascer do Programa de Reprodução de Harpias, conduzido pelo Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu.
O nascimento ocorreu em 26 de abril e o bebê ave é filho do primeiro macho nascido no local, em 2009 e da fêmea que veio do Parque Zoobotânico Vale, no Pará, em 2014. Esses são uns dos casais reprodutores do Refúgio que hoje possui 36 aves.
“Nosso programa é o único no mundo que mantém uma reprodução continuada da espécie. Em outras instituições, há dois ou três nascimentos, mas não é mantida a reprodução de forma constante”, conta o biólogo Marcos de Oliveira, especialista no manejo de aves de rapina.
A Harpia é também chamada de gavião-real, uiraçu ou gavião-pega-nenê e é a maior ave de rapina do Brasil. Pesa em média 5 kg, com asas que podem chegar a ter até 2 metros de envergadura. É um pássaro majestoso!
A espécie pode ser encontrada em florestas tropicais entre o sul do México e o norte da Argentina, e no Brasil, na Amazônia e em outras áreas do país. A Harpia harpyja, infelizmente, é uma espécie ameaçada de extinção, portanto é de extrema importância sua proteção.
Essa majestosa ave se encontra no topo da cadeia alimentar, podendo incluir em sua dieta cobras, tatus, bichos-preguiça, filhotes de veado, araras-azuis, seriemas, macacos-prego e até, cachorros-do-mato. Sua força é tão grande, que é capaz de levar suas caças até o topo das árvores para se alimentar. Consequentemente ela controla naturalmente a população de outros animais, mantendo o equilíbrio da vida selvagem.
Ainda não é possível descobrir se o novo bebê é macho ou fêmea, mas o biólogo Marcos de Oliveira ressalta que o próximo passo é conseguir soltar algumas dessas aves na natureza: “Já temos animais com idade compatível para entrar em um programa de soltura. É preciso finalizar o processo, criar um recinto no meio da floresta, longe do contato humano e colocar presas vivas para as aves caçarem”, diz.
O trabalho dos biólogos e responsáveis pelo Refúgio é admirável. A natureza com certeza agradece pela preservação dessa espécie única!
Com informações de Conexão Planeta