Imagem: Ana Prego/Shutterstock
Sempre acreditei que ser forte era essencial na vida. Que, para vencer as batalhas diárias e alcançar os nossos objetivos, era necessário muita força e garra para passar por cima de todos os obstáculos. Caso o contrário, o fracasso era quase certo.
E o tempo vai passando e a maioria das batalhas nós vamos travando e ganhando. Você, então, acaba se acostumando com a sua armadura de guerra, com a sua fortaleza, com as suas armas de defesa e com os seus escudos. Você cria um esconderijo – seguro e secreto – onde estão todas as suas fragilidades, sua inocência, seus sonhos de infância, seus reais sentimentos e, principalmente, o seu amor.
O amor, sim, é um vilão para o guerreiro. É visto como o seu tendão, seu ponto fraco, sua maior fragilidade. Na maioria dos filmes, o guerreiro que se rende ao amor se torna frágil e, muitas vezes, por ele desiste das guerras.
O meu símbolo para o guerreiro sempre foi o Leão. Sua coragem, foco e força são de causar inveja a qualquer outro animal.
Mas, de um tempo para cá, a vida tem me mostrado outros lados dessa mesma história. Afinal, chega um momento em que ganhamos as principais batalhas da nossa vida e nos damos conta de que não estamos satisfeitos. Você tem o emprego que sempre quis, a casa que sempre quis, o carro que sempre quis, o dinheiro que sempre quis, o título que sempre quis, a posição que sempre quis, mas se percebe ainda infeliz.
Para isso, temos duas soluções: seguir com a nossa mente pequena e astuta, que cria novas batalhas (cada vez mais épicas), ou com a nossa mente grande, que nos mostra um outro caminho - um caminho de retorno ao que foi perdido/escondido.
Conseguimos perceber que, se seguirmos a nossa mente pequena (ego), adentraremos um ciclo sem fim de batalhas sem sentido e de infelicidades. “Vou batalhar para ter aquilo para ser feliz, mas isso não tem a mínima importância para mim”.
O segundo caminho é o retorno para casa, é voltar à caverna de sentimentos e emoções reprimidas, é se sentir frágil novamente e experimentar o amor em sua essência. É crescer em todos os sentidos, iluminar-se, tornar-se maior – o todo.
Perceba que ambos os caminhos possuem determinados tipos de sofrimento ou dor. O primeiro é com o mundo ilusório; o segundo é consigo mesmo – o que existe de mais real. Ao seguir este caminho, é necessário também ser forte, na fé e no amor, mas frágil emocionalmente, pois é necessário que se permita o sentir. E sentimento é isso, é uma roda gigante de altos e baixos. É necessário estar ali para se conhecer melhor. Quem sou eu no alto? Quem sou eu no baixo? Como ser agradecido e feliz, no alto e no baixo?
Posso dizer, pela minha experiência, que ser frágil é se permitir sentir, emocionar-se, ama.. Nada mais que isso. E que ser forte é ter fé, acreditar em você, nos outros e na inteligência divina.
Aquele guerreiro ainda existe, cada vez mais isento de armaduras e sistemas de defesa. Reside, em mim, de uma forma ressignificada. Não possui mais sua caverna, nem mais títulos e grandes batalhas a serem travadas. Ele apenas caminha de sorriso largo, aprecia a natureza e se sente pertencente.
Ele é amor, ama e demonstra isso. Ele não luta, ele vive. Ele é.
Jai Gurudev — vitória da mente grande em você
Uma cena inusitada e carregada de simbolismo marcou o Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP),…
Na charmosa cidade de Lucerna, às margens do Lago dos Quatro Cantões, encontra-se a histórica…
Jeniffer Castro, bancária que ganhou notoriedade após se recusar a trocar seu assento na janela…
A mais ousada e provocante das séries japonesas disponíveis na Netflix talvez ainda não tenha…
Muitas vezes, a sensação de estagnação, aquela percepção de que não estamos progredindo em nossas…
Com as temperaturas em alta, encontrar formas econômicas e eficientes de aliviar o calor é…